© Acervo Pessoal 
Jéssica Pereira morreu em um quarto de motel, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Quem garante é Alef Pereira, jovem de 23 anos que tira a travesti do "armário". Para ele, o trauma de ter 50% do corpo queimado após um programa, na madrugada de 28 de julho, enterrou Jéssica de vez.
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O principal suspeito de ter cometido transfobia é Fábio Barreto da Silva, de 23 anos, conforme divulgou a Polícia Civil nesta sexta-feira (11). Ele teria asfixiado Jéssica até que ela desmaiasse, depois a enrolado em um lençol embebido em álcool, ateado fogo e trancado o quarto, onde ela foi encontrada desacordada.
Internado no Hospital Estadual Alberto Torres, no Colubandê, Alef não tem mais o cabelo grande de antes e exibe queimaduras no pescoço, na orelha, nos lábios. O corpo também está coberto de ataduras e o jovem pode movimentar apenas o braço direito."Eu não sou mais travesti. Não vou mais fazer isso, de ser travesti. Eu me esforçava demais para ser, mas era muito difícil. Ainda é. Eu insistia para poder trabalhar, para ganhar dinheiro. Mas agora vou ser “gay boy” (gay que se veste com roupas masculinas)", contou ao Extra.
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Alef também falou que quer procurar um outro trabalho. "Para mim, a prostituição nunca foi digna. Eu vou trabalhar com algo digno, vou voltar a estudar". O jovem, que estudou até a 8ª série (7º ano), disse ainda que não quer sentir raiva do agressor, a quem reconheceu por foto. "Por que fazer uma coisa dessas comigo? Não tinha motivo. Mas agora eu penso que não é bom sentir raiva. Não me ajuda. Muita coisa mudo"", declarou. O caso está sendo investigado pela delegada Carla Tavares, da 74ªDP (Alcântara).