Carlos Drummond de Andrade é homenageado da Fliminas

Trinta anos após morte do poeta, Festa Literária de Minas Gerais lhe renderá tributo

© Fundação Carlos Drummond de Andrade

Cultura literatura 15/08/17 POR Notícias Ao Minuto

Debates, lançamentos de livros e conversas com autores sobre a vida e obra do poeta, cronista e jornalista mineiro Carlos Drummond de Andrade marcam a programação da edição 2017 da Festa Literária de Minas Gerais, que começa nesta quinta-feira (17). Sob o tema "Tem poesia no meio do caminho", a maratona inclui ainda oficinas de artes plásticas e de literatura, exposições, espetáculos de teatro e concertos.

PUB

A abertura da Fliminas apresentará a obra "Edição Carlos Drummond de Andrade", com o autor Francisco Gregório Filho e outros escritores. No dia seguinte, a Tenda Drummond irá expor várias edições das obras do autor de "As Impurezas do Branco".

No sábado (19), na tenda dedicada ao poeta, será apresentado o Projeto Drummonzinhos, promovido pela Fundação Carlos Drummond de Andrade, para a formação de jovens guias da localidade de origem do escritor.

A noite contará com concertos das bandas Rastro Roots, Guerreiras de Clara e Capivara endiabrada. No domingo (20), último dia da Fliminas, a tenda Drummond receberá o Grupo Ingoma, coletivo mineiro de tambores.

+ Cantora pernambucana disponibiliza discografia para download gratuito

Biografia 

Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) iniciou a vida acadêmica em Belo Horizonte, onde formou-se em Farmácia, profissão que nunca exerceu. Depois de se mudar para o Rio de Janeiro, Drummond se dedicou à atividade literária, e tornando-se um dos principais nomes do Modernismo Brasileiro.

A obra de estreia como poeta foi "Alguma Poesia" (1930), considerada polêmica pela crítica, mas que apresentava elementos que viriam a ser recorrentes na escrita do mineiro: o lirismo, humor e ironia, a franqueza dos fatos que debatia e as reflexões marcadas sobre temas abstratos, como o amor ou a morte.

Também merecedora de destaque é "A Rosa do povo" (1945), uma compilação de 55 poemas do autor, feita durante a Segunda Guerra Mundial (1943-1945), com ênfase no conflito, em afetos, no passado familiar e nos tempos sombrios.

A obra de Drummond explora o "olhar do poeta brasileiro mais importante de sempre, sobre um momento de transformação profunda", destacou a editora da obra, a Companhia das Letras.

Num percurso literário de mais de 60 anos, somam-se títulos como "Os Ombros Suportam o Mundo", "Claro Enigma", "Lição de Coisas", "Esquecer para Lembrar" ou "Futebol, a arte".

Em 1965, 35 anos após a publicação do primeiro livro, a produção literária de Drummond foi reunida pela primeira vez em "Obras Completas", que o confirmou como baluarte de uma poesia séria e pensada, entendida também pelo seu sentido trágico, característico do Modernismo Brasileiro, segundo a casa editora.

Surgiriam depois títulos como "Menino Antigo", "A Paixão de Medida", "Amar se aprende amando", "Poesia Errante". No campo da prosa, celebrizou-se com "Contos de Aprendiz" e, na sua ótica de cronista e crítico, escreveu "Confissões de Mimas", "O Gerente", "Passeios na Ilha" e "Fal, Amendoeira". O seu estilo pauta-se pelo uso da ironia, ao tratar da natureza humana. Carlos Drummond de Andrade morreu em 1987, no Rio de Janeiro, aos 84 anos.

 

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

Cultura Melhores filmes 12/05/24

Filmes perfeitos para assistir num encontro

Cultura Cinema 12/05/24

Cara de bad boy? Cantores que eternizaram vilões no cinema!