Bolsa recua 0,3% com política no radar e dólar fecha em baixa

Dólar perdeu força ante o real após a ata da última reunião do banco central americano expressar preocupação com a inflação no país

© REUTERS / Ricardo Moraes

Economia Mercado financeiro 11/10/17 POR Folhapress

A Bolsa brasileira recuou nesta quarta (11) com os investidores acompanhando o desenrolar da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. No mercado cambial, o dólar perdeu força ante o real após a ata da última reunião do banco central americano expressar preocupação com a inflação no país.

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O Ibovespa, que reúne as ações mais negociadas, caiu 0,31%, para 76.659 pontos. O giro financeiro foi de R$ 10,451 bilhões, superior à média diária do ano, em R$ 8,3 bilhões.O dólar comercial se desvalorizou 0,40%, para R$ 3,172. O dólar à vista perdeu 0,31%, para R$ 3,167.

A política voltou a turvar o ânimo do investidor com o mercado financeiro brasileiro, mesmo após o deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) apresentar, na terça, relatório recomendando à Câmara barrar a tramitação da denúncia contra o presidente e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).

Temer é acusado de chefiar uma quadrilha que desviou quase R$ 600 milhões de vários órgãos públicos, além de tentar obstruir as investigações.

"A dúvida do mercado é de quanto que vai ser gasto em capital político para ele se manter. Espera-se que ele seja absolvido, como aconteceu na primeira denúncia, mas o capital político que ele está gastando agora é maior, o que compromete o ajuste fiscal", afirma Roberto Indech, analista-chefe da Rico Corretora.

Dentro da própria base governista já há sinais de que Temer não terá vida fácil. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), contrariou o governo e não encerrou a sessão do plenário para permitir que a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) começasse a leitura do relatório da denúncia.

"Mesmo uma reforma da Previdência mais enxuta que a inicial está difícil, por causa desse embate", avalia Indech.

AÇÕES

Das 59 ações do Ibovespa, 25 subiram e 34 recuaram nesta quarta.

As ações do setor educacional lideraram as baixas do Ibovespa. Os papéis da Kroton recuaram 5,72%, enquanto os da Estácio perderam 3,68%.

A mineradora Vale fechou no vermelho nesta sessão. As ações ordinárias recuaram 0,70%, para R$ 31,10. As preferenciais se desvalorizaram 0,66%, para R$ 28,61. Os preços do minério de ferro caíram 2,23% neste pregão.

A Petrobras também teve queda nesta quarta, apesar de nova sessão positiva para os preços do petróleo. O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) considerou complexa a compra, pelo grupo mexicano Petrotemex, da Companhia Petroquímica de Pernambuco (PSuape) e da Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe), ativos da Petrobras.

As ações preferenciais da estatal caíram 0,68%, para R$ 16,08. Os papéis ordinários caíram 0,48%, para R$ 16,64.

No setor bancário, as ações do Itaú Unibanco recuaram 0,55%. Os papéis preferenciais do Bradesco perderam 0,43%, e os ordinários caíram 0,06%. O Banco do Brasil teve ganho de 0,08%, e as units -conjunto de ações- do Santander Brasil tiveram desvalorização de 1,88%.

DÓLAR

No mercado cambial, o dólar perdeu força ante 18 das 31 principais moedas do mundo.

As atenções ficaram voltadas à ata do banco central americano, que mostrou que o Fed debateu as perspectivas para a inflação e para futuras altas de juros no país caso os preços não subam.

Membros do banco central americano disseram que vão se concentrar nos dados de inflação nos próximos meses ao tomar a decisão sobre os juros nos EUA, mas muitos diziam que um terceiro aumento neste ano "deve ser justificado."

A probabilidade de um aumento de juros na reunião do Fed de dezembro é de 76,5%. Com isso, o juro se situaria na faixa entre 1,25% e 1,5% ao ano.

O CDS (credit default swap, espécie de termômetro de risco-país) caiu, após três altas seguidas. O CDS recuou 1,19%, para 184,5 pontos.

No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados fecharam em baixa. O DI para janeiro de 2018 recuou de 7,416% para 7,401%. A taxa para janeiro de 2019 teve baixa de 7,310% para 7,290%. Com informações da Folhapress.

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