Com dívida de R$ 132 mi, comitê da Rio-2016 pena para trocar Nuzman

Formado por cinco pessoas, o conselho é responsável por decisões estratégicas do comitê, como contratação, pagamento e administração

© Reuters / POOL New

Esporte COB 16/10/17 POR Folhapress

Com a prisão de Carlos Arthur Nuzman no início do mês, o endividado Comitê Organizador dos Jogos de 2016 está com o cargo de presidente vago. Nesta terça-feira (17), o conselho da entidade se reúne para definir qual será o futuro do CoRio depois do afastamento do presidente, que liderava as negociações para tentar pagar uma dívida de pelo menos R$ 132 milhões.

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Formado por cinco pessoas, o conselho é responsável por decisões estratégicas do comitê, como contratação, pagamento e administração.

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Nesta reunião, eles vão decidir se a vaga de presidente será ocupada. O órgão tem poderes para operar a entidade sem a figura do presidente.

O conselho é formado pela empresária Luiza Trajano, o ex-jogador Bernard Rajzman, Manoel Felix Cintra Neto (ex-presidente da BM&F), José Antônio do Nascimento Brito (ex-presidente do Conselho Editorial do "Jornal do Brasil") e Edson Menezes, ex-presidente do Banco Prosper.

Desde o afastamento formal de Nuzman da entidade no dia 7, Menezes, primeiro-vice, conduz o CoRio. Ele é amigo do cartola.

Nuzman foi preso no Rio no dia 5 sob suspeita de ter feito a "ponte" entre o esquema de corrupção do governo Sérgio Cabral (PMDB) e os membros do COI na escolha do Rio em 2009 para receber os Jogos Olímpicos.

No dia 11, o ex-presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil) renunciou ao cargo, mas não fez o mesmo no comitê organizador. Ele permanece apenas afastado.

A reportagem apurou que Luiza Trajano, 66, é a preferida de parceiros da entidade para liderar o órgão em meio à maior crise da instituição.

Mas a presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza resiste o convite para o cargo de Nuzman.

Cintra é a segunda opção. Integrante do COI (Comitê Olímpico Internacional), o ex-jogador da seleção brasileira de vôlei Bernard Rajzman deve se declarar impedido para assumir o posto.

Luiza Trajano assumiu o cargo no conselho da Rio-2016 há cinco anos. Foi uma indicação do COB.

ROMBO

A dívida com fornecedores é o maior problema do comitê, que conta com pouco mais de 20 funcionários.

O órgão não tem nenhuma receita expressiva para receber. Nuzman tentava convencer, sem sucesso, a Prefeitura do Rio, o Governo do Estado, o governo federal e o COI a pagar o rombo. Com o cartola preso, o acerto da dívida ficou ainda mais distante.

Só a GL Events, que forneceu instalações para os Jogos, cobra R$ 52 milhões do comitê organizador na Justiça.

O COI já recusou ajudar financeiramente os brasileiros. A entidade internacional também poderia socorrer a Rio-2016 recorrendo à Justiça, mas ainda não fez.

No contrato firmado em 2009 com o comitê organizador, o comitê internacional colocou uma cláusula que obriga judicialmente a Prefeitura do Rio e o Governo do Estado a bancar um possível déficit quando o CoRio for encerrado. Por contrato, o acerto de contas deve ocorrer até 2023.

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e o prefeito Marcelo Crivella (PRB) dizem que não tem verba para repassar ao comitê por causa da crise financeira.

Responsável por operar os Jogos, o comitê gastou cerca de US$ 2,8 bilhões (R$ 8,8 bilhões) na realização do evento.

Antes de ser preso, Nuzman disse que pretendia captar patrocinadores para quitar a dívida. Ele só não conseguia convencer os executivos das empresas a lucrar com a imagem da Olimpíada após a competição ter sido realizada.

Em agosto do ano passado na reta final dos Jogos, a Prefeitura do Rio assinou um convênio de R$ 150 milhões para ajudar o comitê na organização da Paraolimpíada.

Na época, o então prefeito Eduardo Paes liberou apenas R$ 30 milhões à organização do evento. O restante seria desembolsado conforme a prestação do primeiro repasse fosse feito, o que não ocorreu, segundo Paes. Além da ajuda da prefeitura, o governo federal também socorreu o comitê pouco antes do início da Paraolimpíada.

Por meio de patrocínios com empresas públicas, a União liberou R$ 73,5 milhões dos R$ 100 milhões que havia prometido. Com informações da Folhapress.

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