Votação não foi livre nem justa, e povo não foi ouvido, dizem EUA

Na América Latina, o Panamá anunciou que só tomará posição após conversa com chavistas e opositores

© REUTERS/Jose Issac Bula Urrutia

Mundo VENEZUELA 16/10/17 POR Folhapress

O Departamento de Estado dos EUA condenou nesta segunda (16) "a falta de eleições livres e justas" na Venezuela e afirmou que continuará a pressionar o regime de Nicolás Maduro "enquanto for uma ditadura autoritária".

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A porta-voz da diplomacia americana, Heather Nauert, elogiou a "coragem, determinação e vontade" dos venezuelanos de irem às urnas, mas que "a voz do povo venezuelano não foi ouvida".

Nauert ainda criticou a falta de observadores internacionais independentes, de uma auditoria do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), as mudanças de seções eleitorais e a falta de urnas eletrônicas em redutos opositores.

"Enquanto o regime de Maduro continuar sendo uma ditadura autoritária, vamos trabalhar com os membros a comunidade internacional e usar todo o peso econômico e diplomático americano para apoiar o povo venezuelano a recuperar sua democracia."

Leia mais: Oposição na Venezuela contesta resultado de eleições estaduais

Horas antes, a embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, havia pedido auditoria independente da eleição. O governo Donald Trump, porém, não deu sinais de que ampliará as sanções a Caracas.

Já a chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, solicitou esclarecimentos sobre os resultados. "São surpreendentes, temos que averiguar o que aconteceu de verdade", disse.

O ministro das Relações Exteriores venezuelano, Jorge Arreaza, acusou a UE e os EUA prepararem manobras "para questionar a vontade do povo" e "atacar a nossa democracia" e os ironizou.

"Esses países queriam ter uma democracia real, onde seus povos possam optar livremente entre projetos realmente díspares e ter um sistema eleitoral como o nosso, absolutamente auditável em todos os processos."

Na América Latina, o Panamá anunciou que só tomará posição após conversa com chavistas e opositores. Outros países da região críticos a Maduro –Brasil entre eles– não se manifestaram até a conclusão desta edição.

Aliados parabenizaram Maduro. "A paz venceu a violência, o povo ganhou do império. Perderam [o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos] Luis Almagro e seu chefe Trump", disse o presidente da Bolívia, Evo Morales.

"O legado de [Hugo] Chávez está vivo. Ele e Fidel estariam orgulhosos", declarou o ditador cubano, Raúl Castro. (Folhapress)

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