Marcha das Mulheres atrai milhares em cerca de 250 cidades dos EUA

Manifestantes protestam contra a gestão de Donald Trump

© Eduardo Munoz / Reuters

Mundo direitos humanos 21/01/18 POR Folhapress

Uma onda cor-de-rosa e anti-Trump toma as ruas de Nova York no aniversário de um ano da posse de um dos presidentes mais impopulares da história dos Estados Unidos.

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Mulheres armaram um protesto nacional contra o republicano e suas políticas que entendem como misóginas e ofensivas na segunda grande marcha feminista desde o início deste governo.

"Ele está acabando com nossos direitos e precisamos nos manifestar, dizer que isso não está certo", dizia Melissa O'Brien, que se juntou à marcha perto do Central Park, com um cartaz em que o presidente aparece com a mão no sexo da Estátua da Liberdade. "Estava aqui com o mesmo pôster há um ano."

Sua amiga, Nancy Ireland, comentava que "é incrível como tudo isso ainda é válido". Os protestos agora também vêm na esteira da onda de denúncias de casos de assédio sexual que abalou Hollywood, o Vale do Silício, o jornalismo e outras indústrias no país.

Mulheres -e muitos homens na marcha- gritavam em coro que o "presidente Trump precisa ir embora", alternando às vezes com o "este porco sexista precisa ir embora". Outros gritavam que tomariam "o país de volta".

+ Trump culpa democratas por paralisação do governo; entenda o que muda

Mesmo enfrentando um racha no plano nacional, já que duas organizações agora comandam as marchas das mulheres nos Estados Unidos, o movimento conseguiu armar protestos no aniversário da posse de Trump em todo o país -além de Nova York, Washington, Los Angeles, Filadélfia e Las Vegas realizariam suas marchas neste sábado.

Em todo o país, cerca de 250 paradas eram esperadas.

Organizadores do evento aguardavam centenas de milhares de mulheres nesses encontros pelo país. Em Nova York, a marcha que estava marcada para começar na lateral oeste do Central Park já transbordava de gente nas primeiras horas, com uma multidão que se estendia mais de dez quadras para o norte de onde deveria iniciar.

Nos cartazes, manifestantes expressam apoio a programas como o Daca, que protege imigrantes ilegais trazidos ainda crianças para os EUA, o seguro de saúde para crianças, que corre o risco de ser cancelado no país, e outras medidas que vão muito além da pauta feminista que deu origem à onda de protestos.

Os grupos por trás das manifestações, no entanto, concordam que o maior ponto da parada é incentivar o voto feminino nas eleições legislativas em novembro deste ano, que pode reverter o equilíbrio de poder no Congresso americano, hoje controlado pelos republicanos, o partido de Trump, a favor dos democratas, o partido da oposição.

Os protestos acontecem no primeiro dia em que o governo americano está paralisado, sem acesso a recursos federais para manter alguns de seus serviços básicos, depois que negociações em torno do orçamento ficaram travadas.

Republicanos e democratas, no caso, discordam sobre uma série de reformas políticas. Enquanto o partido de Trump insiste na construção de um muro na fronteira com o México, a oposição tentou atrelar a proteção aos ilegais beneficiados pelo Daca a qualquer aprovação de um orçamento em Washington.

No primeiro aniversário de seu governo, Trump enfrenta a paralisia dos trabalhos no Congresso e a ira das feministas que saíram às ruas.

Uma pesquisa desta semana realizada pela rede NBC e pelo jornal "The Wall Street Journal" aponta que só 39% dos americanos aprovam o seu governo, o número mais baixo para um presidente depois de um ano de mandato. Com informações da Folhapress.

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