© REUTERS/Tobias Schwarz/Pool
Francesco Gallo - O cineasta alemão Wim Wenders falou sobre a experiência de dirigir "Papa Francisco: Um homem de palavra", que estreará no próximo dia 13 de maio, no Festival de Cannes, e chegará aos cinemas dos Estados Unidos cinco dias depois.
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"Nem em meus sonhos mais atrevidos eu teria imaginado rodar um longa-metragem sobre Francisco", revelou o diretor em uma coletiva de imprensa na cidade francesa. Wenders trabalhou durante mais de dois anos no projeto com o Pontífice.
"Cada vez que ia ao estúdio, o Papa dizia: 'Orem por mim'. E não era só uma maneira educada de falar. Ele realmente queria dizer aquilo", contou o cineasta.
Wenders também relatou o impacto que foi receber um convite do Vaticano para gravar o filme. "Quando eu recebi a carta com o convite para ir ao Vaticano para discutir com o monsenhor Dario Edoardo Viganó a possibilidade de filmar com o Papa, primeiro respirei profundamente", disse.
"Depois percebi que um projeto deste tipo implicava uma grande responsabilidade", acrescentou. Wenders ainda contou que "se tratava de uma tarefa completamente diferente de qualquer outro filme". Mesmo assim, aceitou o convite.
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"Eu queria escutar o que Dario tinha em mente, e ele me deu 'carta branca' para produzir. Me deu a possibilidade de decidir como imaginar o filme. E me disse que o Vaticano não interferiria e abriria seus arquivos", falou.
O documentário é um extenso diálogo com Jorge Bergoglio, que fala sobre morte, justiça social, imigração, ecologia, desigualdade, materialismo e o papel da família na sociedade. Francisco se dirige de maneira direta ao espectador, estabelecendo uma relação íntima com quem o observa.
O longa também apresenta algumas imagens de arquivo que mostram o Pontífice em momentos de suas viagens, como quando falou na ONU e no Congresso dos Estados Unidos; ou quando chorou no Centro Mundial para a Memória do Holocausto, em Jerusalém.
Distribuído pela Focus Features, "Papa Francisco - Um homem de palavra" foi idealizado por Wenders e pelos produtores Samanta Gandoli Branca, Alessandro Lo Monaco, Andrea Gambetta e David Rosier. (ANSA)