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O poeta brasiliense Nicholas Behr, associado à chamada Geração Mimeógrafo e à Poesia Marginal, não poupa esforços para que o que escreve chegue aos leitores. "Escrevo para ser lido e divulgado, vou às escolas, compartilho meus sentimentos, minhas emoções, mando meus livros pelo correio – eu adoro enviar pelo correio", contou Behr.
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Segundo ele, que também usa a internet e o Facebook para divulgar sua poesia, o maior prêmio é o contato e o reconhecimento do leitor. "Eu estou sempre facilitando o contato. No meu livro tem e-mail, telefone e endereço. Sempre me perguntam se sou louco por dar essas informações. Eu digo, fica tranquilo, os pedidos são pouquíssimos. Esse é um privilégio do poeta menor."
O também poeta Wilson Pereira vê na educação e nos programas governamentais uma forma de divulgar as obras e difundir a poesia. O nome de Pereira consta da lista de autores do Programa Nacional do Livro Didático, que distribui obras nas escolas públicas de todo o país. Com isso, Pereira já vendeu mais de 20 mil cópias. "Poesia não é um gênero desprezado, precisa de mais promoção. Precisa estar nos muros, no telão dos estádios, precisa popularizar a poesia", ressaltou.
Apesar de algumas obras chegarem aos alunos, observou o poeta Zé Carlos Vieira, nas escolas, falta incentivo à leitura, ao consumo de arte, em geral. "É na escola que acontece a formação de plateia, de leitor, de consumidor de arte."
A Bienal do Livro tem entrada franca e vai até segunda-feira (21), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A programação está disponível na página do evento.