Preço do diesel não sofreu queda prometida por governo em nenhum estado

No Acre, o preço médio ainda é maior do que o praticado na semana antes da greve dos caminhoneiros

© REUTERS/Sergio Moraes

Economia descumprimento 18/06/18 POR Folhapress

Dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) mostram que, duas semanas após o início das subvenções ao preço do diesel no país, ainda não houve repasse integral ao consumidor em nenhum estado brasileiro. Em 22 estados e no Distrito Federal, a queda no preço do combustível não chegou à metade dos R$ 0,46 por litro prometidos pelo governo. No Acre, o preço médio ainda é maior do que o praticado na semana antes da greve dos caminhoneiros.

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Na média nacional, o diesel foi vendido a R$ 3,434 por litro na semana passada. O valor é apenas R$ 0,151 inferior ao praticado na semana encerrada no dia 19, anterior à paralisação. Durante a greve, os preços dispararam diante da crise de abastecimento no país.   O governo definiu a data de 21 de maio, quando a greve dos caminhoneiros foi iniciada como referência para fiscalizar se a subvenção será totalmente repassada aos postos.

Com subsídio no preço e cortes nos impostos, o governo repassará R$ 13,6 bilhões dos contribuintes ao consumidor de óleo diesel.  Segundo a pesquisa da ANP, o maior repasse foi verificado em Roraima: R$ 0,39 por litro. Em outros três estados - Amazonas (R$ 0,298), Rondônia (R$ 0,266) e Sergipe (R$ 0,26), a queda é maior do que a metade do valor prometido pelo governo. Em São Paulo, a queda em relação à semana anterior à greve é de apenas R$ 0,194 por litro. Na semana passada, o litro do óleo diesel era vendido, em média, a R$ 3,322 no estado, segundo a ANP.  

+ Petrobras precisa ter sua política de preços, diz ministro da Fazenda

A redução de R$ 0,46 no preço de refinaria do diesel foi obtido com uma subvenção de R$ 0,30 por meio da transferência de recursos do Tesouro à Petrobras e importadoras e por corte de R$ 0,16 por litro na carga tributária. Em entrevista à Folha de S.Paulo na semana passada, o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, disse que complexidades do mercado brasileiro, como a logística de abastecimento, carga tributária e estoques de postos e distribuidoras fazem com que o repasse integral leve mais tempo.

"Vai levar cerca de 15 dias para que esse desconto chegue à ponta", disse ele.A ANP está desenvolvendo um sistema para monitorar os preços, com atualização sempre que os postos mudarem os valores de bomba, que deve entrar em operação no dia 20. Com informações da Folhapress.

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