Ministério da Saúde dos EUA cria unidade para reagrupar crianças

Devido à política de "tolerância zero", mais de 2.300 crianças e jovens imigrantes foram separados dos seus familiares na fronteira com o México

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Mundo Migração 23/06/18 POR Lusa

O Ministério da Saúde norte-americano criou na sexta-feira (22) uma "unidade especializada no agrupamento de crianças desacompanhadas", um primeiro passo concreto face ao quebra-cabeças das famílias separadas na fronteira com o México, divulgou o 'site' Politico.

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Segundo a publicação, a unidade é dirigida por um responsável das situações de urgência, sinal da amplitude da tarefa normalmente atribuída ao Gabinete de Recolocação de Refugiados.

"O ministro (Alex) Azar está mobilizando todos os recursos competentes do ministério para ajudar no reagrupamento ou colocação de crianças e de adolescentes estrangeiros não acompanhados junto de um familiar ou hospedeiro", disse na sexta (22) à noite ao Politico Evelyn Stauffer, porta-voz do ministério.

Devido à política de "tolerância zero" aplicada desde o início de maio pela administração do presidente Donald Trump, mais de 2.300 crianças e jovens imigrantes foram separados dos seus familiares na fronteira com o México.

+ Revista Time se desculpa por capa com foto de criança imigrante

A situação foi criticada por quase todos, desde as Nações Unidas até às fileiras republicanas (o partido do líder americano).

Apesar do decreto assinado por Trump na quarta-feira para acabar com as separações sistemáticas, continua reinando a confusão e os reagrupamentos estão muito atrasados.

A ONU considerou "sem sentido" as mudanças anunciadas pela administração norte-americana para a questão das crianças imigrantes separadas dos pais na fronteira norte-americana, frisando que a solução não pode passar pela detenção dos menores.

"Entendemos que agora a prática será deter as crianças com os seus pais (...), temos dito repetidamente que os pequenos nunca devem ser detidos por motivos relacionados com o seu estatuto migratório", disse a porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani.

Salientou que em nenhuma circunstância uma criança pode ser detida sob o argumento que tal medida é feita em seu interesse.

Segundo a televisão CNN, os eleitos democratas continuam mantendo a pressão sobre o governo e alguns tinham previsto para este sábado (23) deslocações a centros de detenção onde se encontram jovens migrantes. Com informações da Lusa.

 

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