Bolsonaro fala em 'Revalida presencial' para médicos cubanos

O Revalida é um exame nacional exigido por formados no exterior que queiram exercer a medicina no país

© Reuters

Política mais médicos 16/11/18 POR Folhapress

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou nesta sexta-feira (16) que se já estivesse no cargo exigiria um "Revalida presencial" dos profissionais cubanos que integram o Mais Médicos.

PUB

"Se fosse presidente, exigiria um Revalida presencial. Assistir o médico a atender o povo. Porque o que temos ouvido são muitos relatos de verdadeiras barbaridades. Não queremos isso para ninguém", afirmou Bolsonaro, sem detalhar como isso seria feito.

O Revalida é um exame nacional exigido por formados no exterior que queiram exercer a medicina no país.

O governo de Cuba anunciou na quarta-feira (14) o fim de sua participação do programa Mais Médicos no Brasil.

Em nota divulgada pelo Ministério da Saúde do país caribenho, a decisão é atribuída a questionamentos feitos por Bolsonaro à qualificação dos médicos cubanos e ao seu projeto de modificar o acordo, exigindo revalidação de diplomas no Brasil e contratação individual.

O presidente eleito voltou a falar que também exigiria o repasse direto e integral do salários aos profissionais cubanos. "A situação é de praticamente escravidão a que estão sendo submetidos os médicos e as médicas cubanos do Brasil. Já imaginou confiscarem 70% do seu salário?", afirmou o presidente eleito.

+ Flavio, Carlos, Eduardo: quais funções exercem os 3 filhos de Bolsonaro

Diferentemente do que acontece com os médicos brasileiros e de outras nacionalidades, os cubanos do Mais Médicos recebem apenas parte do valor da bolsa paga pelo governo do Brasil. Isso porque, no caso de Cuba, o acordo que permite a vinda dos profissionais é firmado com a Opas (Organização Panamericana de Saúde), e não individualmente com cada médico.

Pelo contrato, o governo brasileiro paga à Opas o valor integral do salário, que, por sua vez, repassa a quantia ao governo cubano. Havana paga uma parte aos médicos (cerca de um quarto), e retém o restante.

Bolsonaro falou sobre o caso em visita ao 1º Distrito Naval, ao lado do comandante da Marinha, almirante Eduardo Leal Ferreira. Ele só respondeu à primeira pergunta sobre o Mais Médicos.

Ao ouvir a segunda, decidiu sair. "Como o assunto saiu da área militar, quero agradecer a todos vocês", disse, saindo do salão.

O presidente eleito comentou apenas que não conversou com o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a proposta de dividir com os governos estaduais o valor arrecadado no próximo leilão de poços de petróleo.

Bolsonaro afirmou também que o comandante da Marinha foi convidado a assumir o Ministério da Defesa. Ele recusou o convite por razões familiares - o escolhido em seu lugar foi o general Fernando Azevedo Silva. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica CHUVA-RS Há 8 Horas

Mortes pelas chuvas chegam a 75 e governador fala em 'Plano Marshall'

justica Santos Há 12 Horas

Homem é flagrado abusando sexualmente de moradora em situação de rua

mundo Miami Há 16 Horas

Saco com é cobras encontrado nas calças de passageiro em aeroporto

fama MADONNA-RIO Há 16 Horas

Madonna fez da praia de Copacabana a maior pista de dança do mundo

fama MADONNA-RIO Há 11 Horas

Madonna posta vídeo abraçada com Pabllo Vittar e agradece ao Brasil

fama Bruce Willis Há 16 Horas

Após diagnóstico de demência, como está Bruce Willis?

fama BERNARD-HILL Há 9 Horas

Morre Bernard Hill, que atuou em 'Titanic' e 'Senhor dos Anéis', aos 79 anos

brasil Rio Grande do Sul Há 13 Horas

Loja da Havan fica debaixo d'água em Lajeado, no Rio Grande do Sul

fama Rio de Janeiro Há 16 Horas

Madonna encerra show histórico em Copacabana com homenagem a Michael Jackson

brasil CHUVA-RS Há 10 Horas

Nível recorde do Guaíba coloca Porto Alegre em alerta de 'inundação severa'