Morre João Sattamini, um dos mais importantes colecionadores do país

Ele tinha 83 anos e teve um infarto; seu acervo está em comodato com o MAC, em Niterói

© Divulgação/DASartes

Cultura Rio de Janeiro 20/11/18 POR Folhapress

Morreu nesta terça-feira (20) de manhã o colecionador de arte João Sattamini, aos 83 anos. Ele estava internado há dois meses no hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, no Rio de Janeiro, e teve um infarto. Sattamini estava no quarto casamento e deixa a esposa, Elisângela, e quatro filhas de outros casamentos: Paula, Julia, Valéria, e Vanessa.

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O velório é nesta quarta-feira (21), às 12h, na capela 1 do Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, no Rio de Janeiro. O enterro será às 14h, no mesmo cemitério.

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O economista era dono de uma das maiores coleções de arte do país, com cerca de 1.200 obras, cedidas em comodato para o Museu de Arte Contemporânea de Niterói, construído em 1996 por Oscar Niemeyer para recebê-la.

A coleção tem ênfase em artistas contemporâneos brasileiros, com especial destaque para a pintura. Estão representados tanto clássicos como Helio Oiticica, Lígia Clark, Milton Dacosta e Alfredo Volpi, como nomes da Geração 80 (Daniel Senise) e da Casa 7 (Rodrigo Andrade, Nuno Ramos, Carlito Carvalhosa). 

"O João sempre dizia que uma coleção era para ser vista, comparada e entendida. Ele sempre foi muito presente, se preocupava com o acervo", afirma o diretor do MAC, Marcelo Velloso.

Velloso, que assumiu a cargo do museu de Niterói no início de 2017, tinha contato periódico com Sattamini. O diretor confirma que o acervo permanece no museu, já que o contrato do comodato foi renovado há dois meses por um período de quatro anos.

Sattamini começou a sua coleção quando morava em Milão, em meados dos anos 1960, época em que era funcionário do Instituto Brasileiro do Café. No período, era próximo do artista Antonio Dias, morto em agosto deste ano e representado por 27 obras na coleção.

Voltou ao Brasil em 1969 e se concentrou em adquirir artistas locais. Na coleção, há também esculturas de Franz Krajcberg, Ivens Machado e João Goldberg.

"A perda dele é uma lástima e seu olhar como colecionador era bem afiado. Cabe ao museu agora resguardar as obras e fazer jus à sua importância", afirma o curador do MAC, Raphael Fonseca. Com informações da Folhapress.

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