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Cláudio nasceu com o pescoço dobrado para tás sob si mesmo, com as pernas deformadas e quase sem braços e mãos. A situação era tão má que os médicos aconselharam a mãe a deixar de o alimentar em bebê, achando que não tinha chances de sobreviver.
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No entanto, este lutador superou as expectativas, e não só tem uma vida normal, como fez da sua profissão o discurso público, se tornando orador de palestra.
“Desde que era criança sempre me tentei manter ocupado e trabalhando. Não queria depender das pessoas. Fiz alguma contabilidade e pesquisa para clientes e consultadorias. Aprendi a ligar a TV, mexer no celular, ligar o rádio, utilizar a web e o computador – tudo isto sozinho”, disse.
Quando Cláudio nasceu, sua mãe, apesar de desencorajada, também não baixou os braços.
“Algumas pessoas disseram: “Não o alimente, ele já não sobrevive”. No entanto, agora é só felicidade”, afirmou Maria José. “Ele agora é como qualquer outra pessoa. Nunca o tentamos reparar e sempre exigimos que fizesse coisas que as outras pessoas fazem”, revelou.
Cláudio sempre fez um esforço para se sentir independente, pedindo aos pais para mudarem o chão da casa – onde anda de joelhos sem se magoar – e rogando para que o deixassem frequentar uma escola.
“Durante a minha vida eu fui capaz de adaptar minhas pernas e braços ao Mundo. Agora, eu não me vejo como sendo diferente, sou uma pessoa normal”, refletiu.