Águas-vivas deixam 31 mil banhistas feridos no Rio Grande do Sul

Só no feriado do dia 1º, foram 5.500 casos

© Pixabay

Brasil verão 04/01/19 POR Folhapress

Um boom de águas-vivas no litoral gaúcho já deixou pelo menos 31 mil banhistas feridos na temporada deste ano, segundo o Corpo de Bombeiros. Esse é o número de atendimentos feitos em postos salva-vidas no Rio Grande do Sul, nos últimos 20 dias.

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"Foi um verão atípico até aqui", disse à reportagem o tenente-coronel Jeferson Ecco, coordenador da Operação Verão no estado.

Só no feriado do dia 1º, foram 5.500 casos. O fenômeno também tem sido observado, em menor número, no litoral de Santa Catarina e do Paraná -onde foi registrada a presença de caravelas-portuguesas, um tipo de água-viva mais peçonhenta que a comum. De cor arroxeada, a caravela-portuguesa tem uma espécie de "crista" bolhosa, preenchida com ar.

Por isso, é carregada pelo vento e pode ser vista na superfície do mar. Suas toxinas são mais potentes do que as da água-viva comum, e provocam dores, queimaduras de até terceiro grau e, em casos extremos, reações alérgicas.

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Na costa catarinense, foram cerca de 300 casos de queimaduras por águas-vivas desde meados de dezembro, um número menor do que na temporada anterior, e muito abaixo do recorde de verões passados, quando os feridos somaram 40 mil.

As caravelas, segundo o Corpo de Bombeiros, foram registradas apenas no litoral norte, na praia de Itapoá (SC), mas em pequena quantidade. Já no Paraná, foram cerca de cem feridos até aqui -um aumento de 22% em relação ao ano passado.

Caravelas-portuguesas foram vistas em diversos pontos do litoral paranaense, com uma "incidência bastante grande", segundo a tenente Ana Paula Zanlorenzzi. Mas não há casos de atendimentos com maior gravidade.

De acordo com o oceanógrafo Frederico Brandini, professor da USP e conselheiro da Associação MarBrasil, o número acima do normal de águas-vivas se deve a um provável desequilíbrio ecológico, que é comum a outras partes do planeta e pode estar relacionado a atividades que reduzem predadores naturais, como a pesca.

Uma combinação de correntes marítimas, altas temperaturas e elevada população de banhistas também explica o alto índice de incidentes, segundo o tenente-coronel Ecco, do Rio Grande do Sul. Bandeiras de cor lilás estão sendo usadas nos três estados para indicar a ocorrência de animais marinhos acima do normal, em trechos de praia.

O Corpo de Bombeiros recomenda que o banhista que se machuque com as águas-vivas procure imediatamente um posto salva-vidas, e faça o tratamento apenas com vinagre.

Água do mar também pode ser usada para lavar a área a fim de combater a ardência -mas nunca, jamais, água doce, areia, urina ou cerveja, orienta o coronel dos Bombeiros César de Assumpção Nunes, de Santa Catarina.

Também não se deve esfregar a área atingida. Em São Paulo, o número de ocorrências com animais marinhos é bastante reduzido: foram 15 atendimentos no litoral paulista desde dezembro. Com informações da Folhapress.

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