Mourão descarta intervenção e diz que governo Maduro é 'criminoso'

Durante seu pronunciamento, feito todo em espanhol, Mourão rechaçou qualquer apoio do Brasil a uma intervenção militar na Venezuela

© REUTERS / Luisa Gonzalez

Política REUNIÃO 25/02/19 POR Folhapress

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Em um duro discurso contra Nicolás Maduro, o vice-presidente Hamilton Mourão classificou, nesta segunda-feira (25), o governo chavista como um regime de "privilégios, discriminação e violência, que não respeita o estado de direito."

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Mourão disse ainda que Maduro está à frente de um governo "criminoso" e que o bloqueio à entrada de ajuda humanitária na Venezuela, neste fim de semana, foi uma "violação dos direitos humanos".

O vice-presidente falou em Bogotá, na Colômbia, onde é realizada a reunião do Grupo de Lima, fórum formado por países das Américas que reconhecem o líder opositor Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.

Durante seu pronunciamento, feito todo em espanhol, Mourão rechaçou qualquer apoio do Brasil a uma intervenção militar na Venezuela, como o governo dos Estados Unidos sugeriu em mais de uma ocasião.

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Tanto o presidente Donald Trump quanto seu vice, Mike Pence, que participou da reunião em Bogotá, têm afirmado que "todas as opções estão sobre a mesa" no esforço de remover Maduro do poder.

Mourão disse que o governo de Maduro "é uma ameaça" que deve ser enfrentada com a convocação de eleições pela Assembleia Nacional (órgão legislativo controlado pela oposição que funciona em desacato ao chavismo). De acordo com o vice, esse pleito deve contar com a fiscalização de entidades internacionais, como a OEA (Organização dos Estados Americanos).

O Grupo de Lima é formado por 14 países, dos quais apenas o México não reconhece Guaidó como presidente interino da Venezuela.

Em mais uma sinalização de que o Brasil se opõe a uma operação militarizada na Venezuela, Mourão disse que "é preciso devolver a Venezuela ao convívio democrático, sem medidas extremas."

O vice-presidente defendeu o emprego de sanções contra o regime chavista. Ele disse que essas sanções precisam ser buscadas nos fóruns internacionais, como a ONU (Organização das Nações Unidas).

Pouco antes da fala de Mourão, Mike Pence anunciou que os EUA vão endurecer ainda mais as penalidades contra altas autoridades da Venezuela e pediu que os países congelem as ações da petroleira PDVSA. Pence também defendeu que as nações aliadas transfiram os ativos do governo venezuelano para Guaidó e restrinjam a emissão de vistos para pessoas próximas a Maduro.

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Em mais uma ofensiva contra Maduro, Mourão criticou a militarização da Venezuela nos últimos anos. "Contrariando a tendência da América do Sul, a Venezuela, sem ter recebido nenhuma ameaça à sua soberania, militarizou parte da sua população com meio de milícias ideologizadas e, desde 2009, adquire equipamentos militares com grande capacidade ofensiva", declarou o vice.

Ele atacou ainda o regime chavista por ter "atraído atores estranhos à região", numa referência velada à China e à Rússia. Ele disse que os "grandes patrocinadores do regime são países que têm governos autoritários e totalitários."

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