Bolsonaro diz que Vélez continua e que situação está resolvida

Pasta passa por crise com exonerações e demissões de pessoas ligadas ao escritor Olavo de Carvalho

© Valter Campanato/Agência Brasil

Política Ministro 12/03/19 POR Folhapress

RICARDO DELLA COLETTA, TALITA FERNANDES E PAULO SALDAÑA - BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta terça-feira (12), que o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, continuará no cargo e que os problemas no MEC (Ministério da Educação) estão resolvidos.

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De acordo com Bolsonaro, que deu as declarações antes de receber o presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez, para um almoço no Itamaraty, houve "um probleminha com o primeiro-homem" do ministro Vélez.

+ Olavo de Carvalho dispara: 'Ministério é do Velez. Que o enfie no c*!'

O presidente não disse a quem se referia como "primeiro-homem" de Vélez.

O MEC tem convivido nos últimos dias com uma crise aberta após exonerações e anúncios de demissões de pessoas ligadas ao escritor Olavo de Carvalho.

Entre os afastados, estão o chefe de gabinete do ministério, Tiago Tondinelli, e Sílvio Grimaldo de Carvalho, que era assessor especial do ministério. Ambos são discípulos de Olavo. Bolsonaro, por sua vez, exigiu a demissão do coronel Ricardo Wagner Roquetti da pasta após ataques do grupo olavista.

Nesta terça, Bolsonaro minimizou as desavenças no ministério e fez uma comparação com a sua família. "Eu tenho cinco filhos e tenho problemas de vez em quando. Imagina com 22 ministérios?", afirmou o presidente.

As mudanças no MEC expuseram a disputa entre grupos de influência dentro do ministério e a própria fragilidade de Vélez Rodríguez.

Com a crise aberta, o ministro teve que cancelar uma viagem que faria para Israel na terça-feira (12).

A pressão sobre Vélez para promover as mudanças começou antes do Carnaval. Membros da área executiva da pasta batalhavam para abrir espaço na equipe para profissionais qualificados, no lugar de pessoas que fazem parte do campo ideológico.

O MEC do governo Bolsonaro chegou ao 3º mês de governo sem apresentar programas ou ações importantes.

Além da insistência em pautas ideológicas dificultar a atenção nas ações prioritárias -como ocorreu com a crise envolvendo uma carta enviada às escolas com o slogan da campanha de Bolsonaro-, membros do MEC enfrentavam dificuldades até para contratar funcionários para suas equipes.

O episódio da carta, que pedia também a gravação de alunos cantando o hino nacional, provocou grande desgaste interno.

Ex-alunos do ministro Vélez Rodríguez, que ocupam três das seis secretarias do MEC, propuseram internamente uma reorganização das equipes. Os ex-alunos do ministro mostraram preocupação com a imagem de Vélez Rodríguez perante a opinião pública.

Diante desse quadro, o ministro concordou em promover as mudanças -não esperava, entretanto, encontrar uma campanha de oposição.

No mesmo dia em que o Diário Oficial da União trouxe a dispensa de cinco membros da pasta ou de órgãos ligados ao MEC, Olavo de Carvalho publicou mensagem nas redes sociais afirmando que seus ex-alunos deveriam sair do governo.

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