Facebook é acusado de recolher dado até de quem não está na rede social

O acesso as informações seria através de outros aplicativos, como os de saúde

© REUTERS / Eric Gaillard (Foto de arquivo) 

Tech Rede Social 23/02/19 POR Notícias ao Minuto com Lusa

O Facebook estaria tendo acesso a informações pessoais, sensível e íntima, como a relativa à saúde, que são provenientes de outros aplicativos. A recolha de dados acontece mesmo que o usuário não tenha conta na rede social, noticiou nesta sexta-feira (22) o Wall Street Journal (WSJ).

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A empresa admitiu que recolhe dados através de aplicativos (app) externos, mas bloqueia que sejam passadas informações sensíveis relativas aos usuários.

De acordo com a publicação, que afirma ter realizado diversos testes, alguns aplicativos nos smartphones usam um instrumento de análise da atividade do usuário, designado App Events, desenvolvido pelo Facebook, que capta a informação e a envia para esta empresa.

E isto acontece mesmo sem o usuário do app estar ligado ao Facebook ou até sem ter conta na rede social, e sem que isto seja assinalado explicitamente ao usuário, afirmou o jornal, que identificou a prática em uma dezena de aplicativos "populares".

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Entre os dados coletados estão informações muito pessoais, detalhou o título, que deu o exemplo de um aplicativo que serve para vigiar os períodos de ovulação e nas quais a usuária indica as datas dos seus ciclos menstruais.

Segundo os testes do WSJ, esta informação, mas também o peso ou os hábitos de consumo, são enviados para o Facebook, sem conhecimento de quem usa o app. 

Base do modelo econômico do Facebook ou do Google, esta informação pessoal é aspirada e tratada por estas empresas através de pequenos programas informáticos de análise. O seu objetivo é dirigir a publicidade.

"Compartilhar as informações através dos aplicativos no seu iPhone ou no seu aparelho Android [o sistema móvel do Google] corresponde à maneira como funciona a publicidade móvel e é uma prática habitual neste setor", reagiu uma porta-voz do Facebook, questionada pela AFP.

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"A questão é como os 'app' utilizam estas informações para a publicidade em linha. No Facebook, exigimos aos que desenvolvem estes 'app' que sejam transparentes com os seus usuários a propósito das informações que partilham conosco e os proibimos de nos enviarem informação sensível", prosseguiu, garantindo: "Também tomamos medidas para identificar e apagar dados que não nos devem ser enviados", acrescentou ainda a fonte da rede social.

O Facebook, que tem 2,3 bilhões de usuários ativos, tem sido criticado há mais de um ano pela sua gestão, considerada opaca e até enganosa, da informação pessoal dos inscritos na rede social. Com informações da Lusa.

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