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Reformas econômicas da Grécia são 'pouco confiáveis', diz FMI

Lagarde escreveu uma carta ao Eurogrupo (os 19 ministros de Finanças da zona do euro) à qual o jornal britânico teve acesso

Reformas econômicas da Grécia são 'pouco confiáveis', diz FMI
Notícias ao Minuto Brasil

16:00 - 06/05/16 por Folhapress

Economia Desvios

A diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, disse não ser "confiável" a maneira como a Grécia pretende responder às novas exigências de seus credores (UE, FMI) em caso de desvio orçamentário, informou nesta sexta-feira (6) o jornal "Financial Times".

Lagarde escreveu uma carta ao Eurogrupo (os 19 ministros de Finanças da zona do euro) à qual o jornal britânico teve acesso. A carta menciona o "segundo bloco" de reformas que seria imposto ao governo grego, caso ele não respeite a meta de superavit primário (antes do pagamento dos juros da dívida) de 3,5% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2018.

A diretora do FMI reafirma que considera essa meta muito ambiciosa, salvo se a Grécia realizar reformas ainda mais profundas em seu sistema de aposentadorias e no regime fiscal.

"Infelizmente, o mecanismo que Atenas propõe [para o segundo bloco de reformas] não inclui essas reformas e, sim, medidas não muito confiáveis nem desejáveis, pois acrescentam a incerteza", diz Lagarde.

Uma reunião extraordinária dos ministros das Finanças do Eurogrupo, entre eles o grego Euclides Tsakalotos, voltará a discutir na segunda-feira em Bruxelas as reformas gregas e uma redução da dívida do país (de quase 180% do PIB).

No dia 22 de abril, em Amsterdã, o Eurogrupo abriu, na presença de Lagarde, o debate sobre a dívida, como Atenas desejava, e ameaçou com novas reformas se em 2018 houver desvio no orçamento.

Os credores ainda devem validar formalmente um primeiro pacote de medidas de austeridade em troca do terceiro programa de resgate, aprovado em 2015.

GREVE GERAL

Nesta sexta, a Grécia iniciou uma greve geral de 48 horas contra as reformas tributária e previdenciária do país para se qualificar a mais um resgate de bilhões de euros assinado no ano passado.

Convocada pelos maiores sindicatos dos setores público e privado, a greve deixou navios ancorados nos portos, paralisou o transporte público e manteve os funcionários públicos e jornalistas fora do trabalho.

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