Todos os feridos resultaram da primeira série de explosões durante a noite, que aconteceram em simultâneo em 23 pontos diferentes do distrito de Muang de Yala, capital da província com o mesmo nome, incluindo mercados, bancos, estação de comboios e um instituto.

Os ataques continuaram esta manhã quando três bombas de baixa potência rebentaram em duas lojas e um café, sem causar vítimas, segundo o jornal The Nation.

Os atentados começaram horas depois de um membro dos insurgentes muçulmanos ter sido abatido pelas autoridades, na quinta-feira, na província vizinha de Pattani.

O chefe do exército, Udomdej Sitabutr, disse à televisão TNN que as bombas em Yala foram colocadas pelos rebeldes para enviar a mensagem de que são capazes de manter a insurgência das províncias muçulmanas no sul do país.

Os atentados com armas e explosivos e os homicídios repetem-se quase diariamente nas províncias de Pattani, Narathiwat e Yala, apesar da presença, na região, de cerca de 40.000 efetivos das forças de segurança e da declaração de estado de emergência desde 2005.

Mais de 6.000 pessoas morreram no sul da Tailândia desde que o movimento separatista muçulmano recomeçou a luta armada em 2004.

Os insurgentes denunciam a discriminação que sofrem por parte da maioria budista do país e exigem a criação de um Estado islâmico que integre as três províncias, que configuram o antigo sultanato de Pattani, anexado pela Tailândia há um século.