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Evento com políticos será para debater o golpe, diz economista português

O professor questiona "o que levaria os político a levantar voo do Brasil para se limitarem a conspirar por telefone?"

Evento com políticos será para debater o golpe, 
diz economista português
Notícias ao Minuto Brasil

05:59 - 26/03/16 por Notícias Ao Minuto

Política Em Lisboa

O economista português Francisco Louçã, ex-deputado e atualmente professor de economia na Universidade de Lisboa, escreveu uma coluna para o jornal Público sobre o IV Seminário Luso Brasileiro de Direito que acontece em Lisboa, Portugal, na próxima semana. O evento vai contar com a presença de políticos brasileiros como Aécio Neves, José Serra, Gilmar Mendes, Dias Toffoli.

Com o título "Um imbróglio em Lisboa", o economista inicia o texto dizendo que acredita que o evento já estava programado antes da crise política ter se instaurado no Brasil como um "golpe político-judicial".

No entanto, Louçã observa: "Há uma questão a que falta responder: como é que se lembraram de marcar um seminário sobre o futuro constitucional do Brasil (e de Portugal, olha só) para o 52º aniversário do golpe que derrubou um presidente eleito e instaurou uma ditadura militar? Como não há coincidências na vida, ou fugiu o pé para o chinelo ou é uma declaração de guerra com um atlântico pelo meio. Presumo que seja o chinelo".

Além disso, o professor questiona "o que levaria os político a levantar voo do Brasil para se limitarem a conspirar por telefone?". A resposta encontrada por Louçã é que os eles estariam interessados em um "endosso internacional para as suas diligências". Segundo o colunista, a intenção seria "fazerem-se fotografar ao lado das autoridades de Portugal". Mas essa ideia estaria fracassada, pois os serviços do Presidente português anunciaram que a agenda não lhe permite ir ao seminário, também o ex-primeiro ministro Passos Coelho não deverá comparecer.

Louçã comenta ainda que possivelmente o seminário será "uma conversa entre juristas e políticos brasileiros sobre a graça do golpe que está decorrendo".

Na sexta-feira (25), Gilmar Mendes havia afirmado que o encontro não será uma "conspiração".

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