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Ex-procuradora denuncia Maduro no Tribunal de Haia

Luisa Ortega Díaz, destituída pela Assembleia Nacional Constituinte (ANC), apresentou denúncia nesta quinta

Ex-procuradora denuncia Maduro no Tribunal de Haia
Notícias ao Minuto Brasil

21:15 - 16/11/17 por Ansa

Mundo Venezuela

A ex-procuradora-geral da Venezuela Luisa Ortega Díaz, destituída pela Assembleia Nacional Constituinte (ANC), apresentou nesta quinta-feira (17) uma denúncia no Tribunal Penal Internacional de Haia, na Holanda, contra o presidente Nicolás Maduro e outros membros de seu governo por crimes contra a humanidade.

Segundo Díaz, que anunciou a ação por meio de um vídeo no Periscope, o mandatário e seus colaboradores, incluindo os ministros da Defesa (Vladimir Padrino López) e do Interior (Néstor Reverol) e o chefe do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), Gustavo González López, cometeram delitos de homicídio, tortura e prisão abusiva durante a onda de manifestações realizadas pela oposição no primeiro semestre.

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"Foi necessário recorrer a essa instância internacional porque não há justiça na Venezuela", declarou a ex-procuradora. Dissidente chavista, Díaz rompeu com o governo após o Tribunal Supremo de Justiça ter anulado as prerrogativas da Assembleia Nacional, dominada pela oposição, no fim de março.

Ela acabou destituída pela ANC em agosto e fugiu com o marido, o deputado chavista Germán Ferrer, para a Colômbia, onde pediu asilo. A ex-procuradora alega ter provas de corrupção envolvendo Maduro e a empreiteira brasileira Odebrecht. Por sua vez, Díaz e Ferrer são acusados pelo novo chefe do Ministério Público da Venezuela, Tarek William Saab, de ter liderado uma "quadrilha de extorsão" e uma "máfia transnacional" para chantagear investigados.

Essa não é a primeira denúncia em Haia contra Maduro, que já é alvo de ações semelhantes impetradas por senadores colombianos e chilenos e por parlamentares de oposição venezuelanos. Criado em 2002, o TPI reúne mais de 120 nações e julga pessoas em casos de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra. No entanto, é muito raro que presidentes sejam processados durante o exercício do cargo.Com informações da Ansa. 

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