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Cerca de 8 mil metalúrgicos têm contratos suspensos

No chamado lay-off, funcionários ficam "na geladeira" , sem garantias de que retornarão aos postos de trabalho

Cerca de 8 mil metalúrgicos têm contratos suspensos
Notícias ao Minuto Brasil

16:10 - 24/04/16 por Notícias Ao Minuto

Economia Crise

Em março deste ano, a ociosidade na indústria automobilística do país subiu para 64%. No fim do ano passado, a taxa era de 50%. Para evitar cortes, as empresas recorrem a diversos mecanismos, entre eles, o chamado lay-off: uma espécie de suspensão de contrato de trabalho que ocorre em períodos de dificuldade econômica. Entre as empresas que recorreram à estratégia estão GM, Volkswagen e Ford.

Segundo reportagem de O Globo, cerca de 8 mil trabalhadores da indústria automobilística se encontram nessa situação atualmente em São Paulo e na Bahia. Nos três primeiros meses deste ano, a produção caiu 28% em comparação ao mesmo período do ano passado. Desde 2013, 13 mil vagas foram fechadas, e hoje o setor emprega 144 mil pessoas.

Na indústria automobilística,há ainda mais de 30,5 mil trabalhadores no Programa de Proteção ao Emprego (PPE). Nesse regime, há redução na jornada de trabalho e corte de até 30% do salário, em proporção equivalente às horas trabalhadas.

No lay-off, por outro lado, os empregados ficam fora das fábricas e têm de participar de cursos de formação. Durante e o período, eles recebem um benefício do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), de R$ 1.542,24, e o resto do salário é pago pela empresa. O tempo "na geladeira" pode variar de 5 a 10 meses.

Segundo o psicólogo Rodrigo Rosa, consultado pela reportagem de O Globo, o período de incerteza pode ocasionar problemas da saúde nos trabalhadores. "A pessoa acredita que vai voltar, cria uma fantasia e, às vezes, ficam sem enxergar a realidade. Se a volta ao trabalho não acontece, pode até entrar em depressão", afirmou.

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