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Banco Postal pode ter preço mais baixo

Os Correios confirmaram ontem, 14, que não houve interessado no processo de licitação do Banco Postal

Banco Postal pode ter preço mais baixo
Notícias ao Minuto Brasil

12:40 - 15/11/16 por Estadao Conteudo

Economia Correios

Algumas das instituições financeiras que retiraram o edital para operação do Banco Postal e não fizeram oferta no leilão acreditam que o fracasso na licitação poderá levar os Correios a repensarem o modelo para negociação do serviço. Bancos têm expectativa de que eventual nova oferta poderá, por exemplo, prever remuneração flexível a ser paga pelo banco que vencer a disputa.

Os Correios confirmaram ontem, 14, que não houve interessado no processo de licitação do Banco Postal, serviço financeiro prestado nas agências da estatal. A informação havia sido antecipada pelo Estado na edição de sábado, 12. Com a falta de propostas, os Correios negociam um contrato temporário de até um ano com o Banco do Brasil para não interromper os serviços.

O fracasso da licitação é atribuído especialmente ao valor pedido pelo Banco Postal. Para operar o serviço, o interessado deveria desembolsar imediatamente R$ 600 milhões e depositar nova parcela idêntica seis anos depois, além de pagar taxas e comissões de R$ 2,4 bilhões nos dez primeiros anos de contrato. Considerado elevado pelos bancos, esse valor foi o principal ponto de discórdia entre a estatal e os bancos interessados.

Durante o processo de licitação, bancos demonstraram contrariedade a essa exigência, citam pessoas que participaram do processo. O valor foi considerado elevado por todas as instituições financeiras que retiraram o edital. "No passado, o Banco Postal valia muito mais porque a economia crescia e os negócios com a classe C estavam em ebulição. Agora, estamos em recessão e esse público migrou em massa para os canais digitais", diz o executivo de uma das instituições que consultou o edital, mas não fez proposta.

Além do valor elevado, interessados também queriam flexibilidade na remuneração paga à estatal das correspondências. Um dos pedidos era um modelo mais parecido com o que a Caixa opera com os lotéricos: remuneração menor e variável. Outra reclamação enviada aos Correios mencionava a rigidez operacional prevista no edital. O banco operador não teria influência para determinar, por exemplo, quais agências teriam ou não o Banco Postal.

A falta de interessados pelo Banco Postal, inclusive, tornará mais fácil para a estatal explicar ao Tribunal de Contas da União eventual redução do valor pedido pelo serviço, cuja operação por cinco anos firmou com o Banco do Brasil, em 2012, por R$ 2,3 bilhões. O atual contrato vence em 2 de dezembro e as partes estão em negociação para assinar um acordo temporário de seis meses, que poderá ser prorrogado por mais seis, de manutenção do serviço bancário.

Procurados, os Correios não confirmam a realização de uma nova licitação. Afirmam estar "avaliando as opções" e que quando for definida a estratégia, haverá um comunicado. Com informações do Estadão Conteúdo.

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