Em entrevista ao Globo, o agora ex-ministro da Saúde afirmou que antes de assumir o cargo já tinha combinado com Dilma que iria sair no prazo máximo de 30 dias para ocupar uma vaga como professor na Universidade Federal do Estado de São Paulo (UNIFESP). Ele declarou ainda que ele nunca se teria demitido, ou assumido a pasta, nestas circunstâncias, sem o conhecimento prévio da presidente.

“Você acha que faria uma coisa dessas sem que a presidenta soubesse? Quando eu fui convidado para assumir o cargo de ministro, eu já tinha sido chamado pela universidade e teria 30 dias. Alías, um dia antes de ela me convidar oficialmente, eu já tinha sido chamado. Então, eu teria até ao final de fevereiro, formalmente, para assumir. A presidenta sabia que precisaria (tomar posse)”, falou Chioro, acrescentando, “Isso já está acertado antes da minha posse”.

Ele avisou ainda que, enquanto estiver na Esplanada dos Ministérios, ele só irá receber o slaário de ministro, já que não pode receber dois salários de serviços públicos (ministério e universidade).

“Eu receberei apenas o salário de ministro. É um processo que chama-se de cedência, é um processo natural. Vários outros professores, a própria ministra Eleonora (Menicucci) também é docente do mesmo departamento que o meu. E é a mesma natureza. Como servidor público, você não acumula dois salários. É cedido e fica com o salário de remuneração que é maior”, continou Arthur Chioro.