Em meio às votações dos polêmicos projetos do governo para conter a crise, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) também há espaço para a entrega da Medalha Tiradentes à ex-rainha de bateria Quitéria Chagas.

A homenagem, que segundo o regimento da Casa deve ser dada a "personalidades nacionais ou estrangeiras que tenham serviços prestados ao Estado do Rio de Janeiro, ao Brasil ou à Humanidade", ocorrerá nesta terça-feira (13), logo após a votação de um dos temas do pacote, sobre aumento da alíquotas de ICMS. As informações são do portal G1.

Quitéria foi candidata a musa do carnaval de 2003 e, entre 2006 e 2010, foi rainha de bateria da agremiação Império Serrano. Este ano, ela retorna ao carnaval como rainha da escola verde e branco, mas desta vez não vira à frente da bateria.

"Sou daqueles que acha que, em momento de crise, é necessário se comportar como se estivesse em crise. Talvez um evento desses não fique bem. Em situações normais, me parece rotineiro, é até explicável. Mas no momento de crise é um pouco demais. Todas festas, todos eventos deveriam ser cancelados [na Alerj]", opina o cientista político e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Jairo Nicolau.

"O gasto principal eram as sessões solenes à noite porque havia taquigrafia, cerimonial, pessoal de apoio. Isso foi cortado justamente por uma proposta da Mesa Diretora da Alerj, para que não houvesse premiação no horário noturno. O deputado pode fazer a entrega no gabinete onde quiser, nada impede. Na maioria dos casos, o prêmio é só um diploma. No caso da medalha tem a medalha em si", pondera o vice-presidente da Comissão de Orçamento e Finanças da Alerj, Luiz Paulo (PSDB).

Leia também: Secretário de Saúde de Doria promete zerar fila para exames em 3 meses