Capes sabia das denúncias de desvio de recursos na UFSC
A fundação informou que já realizou mais de 30 visitas técnicas de verificação do programa este ano em todo o país
© UFSC/Divulgação
Brasil Fraude
Na Operação Ouvidos Moucos, agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão na sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em Brasília. A instituição, vinculada ao Ministério da Educação, disse que “prestou todos os esclarecimentos solicitados”, bem como “colocou à disposição as informações sobre a oferta do programa na UFSC e concedeu acesso a todos os sistemas de acompanhamento e controle interno”.
Ainda segundo a nota, a presidência da Capes, ao saber da investigação na universidade catarinense, criou uma comissão para acompanhar o programa com visita no local. Além disso, a fundação informou que já realizou mais de 30 visitas técnicas de verificação do programa este ano em todo o país.
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Deflagrada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) e com o Tribunal de Contas da União (TCU), a Operação Ouvidos Moucos cumpriu sete mandados de prisão temporária, cinco de condução coercitiva e 16 de busca e apreensão em endereços em Florianópolis e Itapema, em Santa Catarina, e em Brasília.
Dentre os presos está o reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier de Olivo. Segundo a PF, o reitor foi detido por tentar interferir nas investigações dentro da instituição de ensino. A operação policial tem como foco repasses que totalizaram cerca de R$ 80 milhões. Com informações da Agência Brasil.