O brasileiro Odair Santos, de 35 anos, conseguiu a classificação para a prova dos 1.500 metros, na classe T11 (cego total), no início da tarde deste domingo, no Engenhão, pela Paralimpíada do Rio de Janeiro. Ele ficou atrás do queniano Samwel Kimani. Odair, que foi ultrapassado nos instantes finais pelo queniano, cruzou a linha de chagada com a marca de 4min05s34. Kimani alcançou 4min04s50.

A final desta prova será na terça-feira. "A disputa está acirrada. O queniano está muito bem e espero que possa surpreendê-lo na terça-feira. A briga vai ser bastante dura. Mas quero sair daqui com mais uma medalha", disse o atleta, após a eliminatória. "Na terça, dá para vir abaixo dos quatro minutos", projetou.

Odair ganhou a primeira medalha do Brasil na Paralimpíada, na última quinta-feira, logo no primeiro dia de disputas dos Jogos. Ele levou a prata na prova dos 5.000 metros na classe T11, na primeira final disputada no Engenhão. O queniano Kimani levou o ouro, enquanto o também queniano Wilson Bill ficou com o bronze.

Odair está em seu oitavo pódio em Jogos Paralímpicos. É seu segundo competindo pela T11 - o primeiro fora conquistado em Londres-2012, quando levou a prata na prova dos 1.500 metros. Antes, ele ainda competia em categorias para atletas com perda parcial da visão.

O corredor começou a perder a visão aos nove anos de idade, devido a uma retinose pigmentar. Aos dez, começou a participar de provas de atletismo por influência de um tio. Deixou as pistas entre os 17 e os 22, mas quando retornou passou a empilhar conquistas pelo País e mundo afora. Desde 2004, em Atenas, Odair disputa os Jogos Paralímpicos, tendo alcançado medalhas em todas as edições desde então.