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Deixar criança no berço, como Fernanda Machado, não é negligência

Especialistas são enfáticos a dizer que o bebê que dorme no berço não está sofrendo maus tratos

Deixar criança no berço, como Fernanda
Machado, não é negligência
Notícias ao Minuto Brasil

18:34 - 27/01/17 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle Pais e Filhos

Uma postagem da atriz Fernanda Machado no Instagram causou muita polêmica na última quarta-feira (25). Isso porque a recém-mamãe publicou um vídeo no qual mostra o filho Lucca, de um ano e sete meses, dormindo sozinho no berço.

Nos comentários, a atriz foi muito criticada e até acusada de "torturar" o pequeno. Após a repercussão, Fernanda fez uma postagem comentando a repercussão:

À todas as mães que já foram julgadas... - Desde quando colocar um bebê pra dormir no berço é crime?! Ontem postei um vídeo do Lucca dormindo em pé no berço. Ele sempre vai pro berço depois do mamá, sonolento, mas acordado, e lá ele brinca, faz uma ginástica do sono que eu adoro assistir pelo monitor. E antes da soneca da tarde de ontem, no meio dessa ginástica ele levantou e tava tentando se equilibrar dormindo, sem choro, só tentando ficar em pé enquanto dormia, coisa mais fofa. Mas fui acusada de estar torturando meu filho, deixando ele sozinho no berço, de estar colocando ele em risco, de não amá-lo, de não dar colo. Eu acho lindo a cama compartilhada, tentei nos primeiros meses, mas eu não conseguia dormir de medo de sufocar meu bebê. Por isso desisti dessa opção e o Lucca foi pro berço, mas isso não quer dizer que eu não amo meu filho, que não dou colo pro meu filho, que não atendo meu filho quando ele precisa. O Lucca dorme a noite toda desde os 4 meses, no berço dele, no escurinho e no silêncio do quarto dele, sem tortura alguma, isso aconteceu de uma maneira natural. Eu acredito que dormir cedo, no quarto dele, no silêncio e no escuro, são hábitos saudáveis de sono, e não tortura e nem falta de amor. Não sou a mãe perfeita, nem quero ser, não preciso provar pra ninguém que sou boa mãe, só quero dar o meu melhor pra ele, amar e curtir cada segundo do crescimento dele. A cada minuto que passa ele me ensina que eu nada sei e que a única certeza é o AMOR! Meu maior sonho era ser mãe, por isso resolvi abrir mão de muita coisa da minha vida para ser mãe em tempo integral, para estar 100% do lado dele, porque é o que o meu coração me pede, é maior do que qualquer outra coisa. E nessa jornada como mãe, não me faltam dúvidas, mas também não me falta amor pra dar, tenho me doado de corpo e alma, dou muito colo, amamento há 19 meses em livre demanda e desde que ele nasceu a única pessoa que o coloca pra dormir sou eu, ele nunca foi dormir sem o peito, sem o meu colo, sem o meu carinho, o que muitos acham um exagero pra um bebê da idade dele, mas a verdade é que amor nunca é demais! - #maternidade #julguemenos #apoiemais 

Um vídeo publicado por Fernanda Machado (@realfemachado) a Jan 26, 2017 às 12:40 PST

O UOL ouviu pediatras, que comentaram a atitude de Fernanda. "A cama compartilhada é uma possibilidade, mas ninguém é mais mãe ou menos mãe ou dá mais ou menos carinho só porque faz", explica o pediatra e presidente do Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), Moises Chencinski.

A crítica ocorreu porque alguns seguidores acharam que Fernanda estava praticando a corrente da pediatria que prega que o bebê deve dormir pelo choro: ele é deixado no berço chorando e dorme porque se cansa de tanto chorar. "Você pode ensinar a criança a dormir sozinha sem ser por choro forçado. Realmente, não pode faltar colo, afeto e supervisão de um adulto durante todo o processo de aprendizado, que é naturalmente difícil”, explica Renata Scatena, pediatra especialista pela SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).

Renata destaca que a mais recente recomendação da Academia Americana de Pediatria é usar o quarto compartilhado. "Para diminuir os riscos da síndrome de morte súbita infantil [óbito inesperado de um bebê de até um ano no qual a autópsia não consegue apontar a causa], a preconização é que a criança divida o quarto com os pais em seu primeiro ano de vida", explica.

Leia também: Volta às aulas: atenção redobrada para proteger crianças de doenças

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