Governo sírio freia avanços rebeldes para romper cerco a Aleppo
Segundo o OSDH, sediado em Londres, o exército retomou setores estratégicos como o bairro de Dahiyet al Asad (oeste) e o povoado de Minian
© Abdalrhman Ismail / Reuters
Mundo Conflito
As forças governamentais sírias retomaram todos os setores conquistados recentemente pelos rebeldes na zona oeste de Aleppo, freando suas tentativas de romper o cerco do regime, informou neste sábado o Observatório Sírio para Direitos Humanos (OSDH).
Os grupos rebeldes, que controlam os bairros da zona leste de Aleppo sitiados pelo regime, lançaram em 28 de outubro uma ofensiva para romper o cerco e e conseguiram conquistar vários setores da cidade do norte da Síria.
Segundo o OSDH, sediado em Londres, o exército retomou setores estratégicos como o bairro de Dahiyet al Asad (oeste) e o povoado de Minian, na periferia da cidade..
A televisão estatal disse que o exército procurava minas terrestres no subúrbio da cidade após ter retomado o controle daquela área.
Essas reconquistas anulam todos os avanços conseguidos pelos combatentes da oposição, incluindo a Frente Fateh al Sham, ex-facção síria da Al-Qaeda.
As tropas governamentais cercaram o leste de Aleppo em agosto, cortando assim a última linha de fornecimento para os bairros da oposição, onde vivem 275 mil pessoas e escasseiam produtos como comida e combustível.
Em setembro, o exército sírio lançou um grande ataque nesta parte de Aleppo, com o apoio da Rússia.
Segundo o OSDH, mais de 450 combatentes —215 rebeldes e 143 soldados do regime— e civis morreram na última vez que tentaram romper o cerco.
Cerca de cem civis, entre quase 30 crianças, morreram nos bombardeios, principalmente nos bairros controlados pelo regime.
O chefe do escritório político do grupo rebelde Fastaqim, Zakaria Malahifji, que luta em Aleppo, confirmou os avanços do exército.
"Claro que quando o regime assume controle, isso tem um efeito negativo, mas há persistência" entre as facções, disse ele. "Esperamos que haja uma mudança nos próximos dias." Com informações da Folhapress.
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