A última partida do Grêmio ficou marcada não só pela derrota, por 2 a 1 frente ao Cruzeiro, como pelas reclamações do técnico e dos auxiliares do time gaúcho sobre a arbitragem.

Porém, as criticas poderão custar bem caro ao time, uma vez que a equipe poderá ficar sem comando nas rodadas finais do Brasileirão.

"Aos 43 minutos do segundo tempo, expulsei o sr. Flavio da Cunha Teixeira, auxiliar técnico do Grêmio, por reclamar com gestos contra a arbitragem. O

quarto árbitro, sr. Marcio C. Brum Coruja, me informou que o sr. citado acima, após ser expulso, ao sair proferiu as seguintes palavras: 'esse filha da p… não dá

cartão'", escreveu o árbitro paulista.

"Os fatos narrados abaixo foram presenciados e ouvidos pelos delegados da partida, srs. Almir Alves de Mello e Luiz Cunha Martins:

ao término da partida, o técnico do Grêmio, sr. Luiz Felipe Scolari, dirigiu-se até a mesa do delegado da partida e, batendo com a mão na mesa, disse: 'Este quarto árbitro não entra nunca mais aqui'. Repetiu a mesma frase na entrada do vestiário dirigindo-se ao quarto árbitro", acrescentou.

No final da partida, Felipão reclamou da sequência de faltas em Dudu e relata conversa com o quarto árbitro, Márcio Coruja.

"Perguntei para ele se não estava havendo anti-jogo, já que eles fizeram oito ou nove faltas no Dudu. E eles me disseram que eu estava faltando com a ética. No mínimo, eram dois ou três cartões para o Cruzeiro. O critério da arbitragem é uma coisa que não entendemos", disse à Rádio Gaúcha, o técnico do Grêmio.

Felipão, Murtosa e Ivo Wortmann poderão ser enquadrados nos artigos 243-F (Ofender alguém em sua honra, por fato relacionado diretamente ao desporto) com multa de R$ 100 a R$ 100.000 e suspensão de uma a seis partidas. E poderão também ser enquadrados no artigo 258 (Assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva) o que poderá levar a uma suspensão de uma a seis partidas.