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Temendo mais mortes, estados já transferiram 2 mil presos

Desde o início do ano, pelo menos 130 detentos foram mortos durante rebeliões em penitenciárias brasileiras

Temendo mais mortes, estados já
transferiram 2 mil presos
Notícias ao Minuto Brasil

09:27 - 18/01/17 por Notícias Ao Minuto

Brasil Crise

Depois das rebeliões registradas em penitenciárias de oito estado brasileiros, que causaram a morte de mais de 130 presos, os governadores resolveram adotar algumas medidas para tentar minimizar a tensão dentro das unidades prisionais, causadas pela briga entre facções criminosas.

Segundo informações do jornal O Globo, desde janeiro, 2.003 presos de Acre, Ceará, Rondônia e Alagoas foram enviados para outras prisões. O alvo dos estados são os chefes das facções criminosas.

O estado que registrou maior número de transferências foi Alagoas, um total de 1.020. Já no Ceará, foram 930 transferências. Lá, este ano, três detentos já morreram durante motim.

“Queremos evitar mortes e conflitos no sistema prisional devido a essa guerra declarada de facções criminosas que assola o país”, disse o secretário de Ressocialização do estado, Marcos Sérgio de Freias, em nota.

O Acre transferiu 15 e Rondônia 38 detentos para cadeias federais.

A disputa dentro das penitenciárias envolve a Família do Norte (FDN), que controla o tráfico de drogas nas regiões Norte-Nordeste, o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), que dominam as vendas na região Sul-Sudeste.

No Rio Grande do Norte, onde 26 detentos morreram durante rebelião no último fim de semana, uma gravação de telefonema feito por um dos detentos evidencia o clima de tensão na Penitenciária Estadual de Alcaçuz. "O governo vai deixar nós se matar", diz um dos trechos.

"O Estado demorou muito para agir tanto em nível federal quanto nesses estados onde o conflito é mais explícito. Houve uma demora em se dar conta de um problema que era evidente que em algum momento sairia do controle. Já estão fazendo isso (transferindo presos) um tanto atrasados, analisou o sociólogo Rodrigo Azevedo, professor da PUC do Rio Grande do Sul e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

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