Meteorologia

  • 27 ABRIL 2024
Tempo
--º
MIN --º MÁX --º

Edição

Senado chama Rui Costa para prestar informações sobre gastos de Itaipu

Além disso, ministro também deve dar esclarecimentos sobre novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC

Senado chama Rui Costa para prestar informações sobre gastos de Itaipu
Notícias ao Minuto Brasil

12:12 - 27/03/24 por Estadao Conteudo

Economia Rui Costa

A Comissão de Infraestrutura do Senado vai ouvir o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, sobre a transparência nos gastos ambientais da estatal Itaipu Binacional durante audiência pública agendada para a próxima terça-feira, 2, às 9h. Além disso, ministro também deve dar esclarecimentos sobre novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

No requerimento do senador Esperidião Amin (PP-SC), foi citado o acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) que determina que a Casa Civil apresente uma proposta de critérios para seleção de investimentos socioambientais e de infraestrutura, a ser apontada nas negociações com o Paraguaia para a revisão do Tratado de Itaipu. Amin repercutiu a preocupação do TCU com a elevação de gastos da estatal sem o devido controle.

Segundo requerimento, o arranjo tem gerado distorções que precisam ser abordadas. Por exemplo, as Demonstrações Contábeis de Itaipu que revelam que foram destinados US$ 407,785 milhões (cerca de R$ 2 bilhões) a programas de "responsabilidade socioambiental" nos primeiros seis meses de 2023. Em 2022, esse montante atingiu US$ 505,2 milhões, equivalente a aproximadamente R$ 2,5 bilhões, em programas dessa natureza.

Já em agosto de 2023, a administração de Itaipu lançou o programa "Itaipu mais que energia", que destinou R$ 931,5 milhões a projetos sociais, ambientais e de infraestrutura. A verba foi destinada a 399 municípios do Paraná e 35 no Mato Grosso do Sul, incluindo municípios costeiros. "Vale ressaltar que esses gastos discricionários não guardam relação com os royalties obrigatórios, que totalizaram US$ 483,5 milhões em 2022", mostra documento.

Para o Amin, gastos da Itaipu Binacional com programas de "responsabilidade socioambiental" constituem um verdadeiro orçamento público paralelo, caracterizado pela "escassa transparência". "Sob a égide do Tratado de Itaipu, a gestão da empresa tem incorporado uma série de despesas não relacionadas ao setor elétrico nas tarifas da energia elétrica compulsoriamente adquirida pelos consumidores brasileiros, sem que haja a possibilidade de fiscalização por qualquer órgão de controle externo", avalia.

A audiência pública também terá um debate mais profundo sobre o novo PAC. O programa, lançado em agosto de 2023, evolve um investimento de R$ 1,7 trilhão. Segundo o senador Confúcio Moura (MDB-RO), autor do requerimento, sem a devida fiscalização, as falhas das versões anteriores do PAC poderão se repetir. "Tal quadro não poderá se repetir nessa nova versão, sobretudo considerando a atual situação fiscal do país", disse o parlamentar.

"O PAC 1 e o PAC 2 custaram aos cofres públicos quase R$ 700 bilhões e, embora tenham contribuído para importantes obras no país, tiveram também falhas que resultaram em cortes de recursos, redução de investimentos e obras paralisadas. Segundo TCU, o índice de conclusão das obras do PAC ficou abaixo de 10% na primeira versão do programa (entre 2007 e 2010) e pouco mais de 25% na segunda versão (a partir de 2010)".

Leia Também: Caixa iniciará em abril contratações de crédito imobiliário com FGTS Futuro

Campo obrigatório