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Depois dos japoneses, chineses investem em novo avião supersônico

Aporte partiu da Ctrip, maior agência de viagens online do país asiático

Depois dos japoneses, chineses investem em novo avião supersônico
Notícias ao Minuto Brasil

07:45 - 21/05/18 por Folhapress

Economia Negócio

A Boom Supersonic, empresa americana que trabalha em um novo avião supersônico que promete ser mais confortável, silencioso e rápido que o Concorde, recebeu mais um investimento.

O montante investido pela Ctrip, maior agência de viagens online da China, não foi divulgado, mas sabe-se que a fabricante baseada em Denver, no Colorado, já levantou US$ 85 milhões (R$ 306,5 milhões).

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A Ctrip pretende, segundo seu presidente, ter um leque de investimentos em "tudo relacionado a viagens". Como a China é hoje o segundo maior mercado para a aviação do mundo e deve se tornar o primeiro até 2022, a notícia é ótima para a Boom, que assegura uma porta de entrada com a possibilidade de diminuir o tempo de voo entre Xangai e Los Angeles das atuais 12 horas para seis.

Como contrapartida, entre 10 e 15 clientes da agência chinesa devem estar no primeiro voo do supersônico americano.

No final do ano passado, a Japan Airlines já havia investido US$ 10 milhões (R$ 36 milhões) na Boom, que diz ter 76 pré-reservas para um avião de 55 lugares que seria capaz de fazer um voo Londres-Nova York em apenas 3h15min -hoje esse tempo é de oito horas.

A segunda maior companhia aérea japonesa tem a opção de comprar 20 aviões da Boom, sendo um dos dois clientes já identificados. O outro é o grupo Virgin, que tem uma pré-reserva de 10 unidades. A Japan Airlines também irá auxiliar a Boom com o design da aeronave e a experiência dos passageiros.

Cada avião sairia por estimados US$ 220 milhões (R$ 793 milhões). Para efeito de comparação, um Boeing 747-8i, que leva até 410 passageiros, custa US$ 400 milhões (R$ 1,4 bilhão).

Previsto para entrar em operação em 2023, o avião da Boom voaria em Mach 2.2 -ou 2.695 km/h-, 10% mais rápido que o Concorde, supersônico desenvolvido em parceria por britânicos e franceses nos anos 1970 e que deixou de voar em 2003.

Um avião tradicional, em voo de cruzeiro, faz cerca de 800 km/h, ou seja, menos que a velocidade do som, que é de aproximadamente 1.200 km/h.

O desafio, uma vez mais, é o preço da passagem. A Boom afirma que um bilhete de classe executiva sairia por US$ 5.000 (R$ 18 mil). O tíquete ida e volta entre Londres e Nova York no Concorde custava cerca de US$ 10 mil há 15 anos. Com informações da Folhapress. 

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