Massacres de Estado Islâmico podem vir a ser considerados "genocídio"
Kerry replicou que a decisão de recorrer à definição legal de genocídio "requer muita verificação de dados"
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Mundo John Kerry
O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, disse nesta quinta-feira (25) que pretende tomar uma decisão "muito em breve" sobre se define formalmente como genocídio os massacres cometidos pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria.
O secretário de Estado norte-americano se refere aos massacres cometidos contra a minoria yazidi no Iraque e possivelmente contra os cristãos no Iraque e na Síria. "Vou tentar tomar esta decisão muito em breve", assegurou Kerry, durante uma audiência no Comitê de Assuntos Estrangeiros da Câmara de Representantes norte-americana.
Segundo a imprensa norte-americana, o Departamento de Estado está analisando há alguns meses se qualifica como genocídio os assassinatos em série de yazidis, uma minoria religiosa, que tem entre 500.000 e 700.000 pessoas concentradas no noroeste do Iraque e que o EI prometeu eliminar face da Terra.
Os congressistas norte-americanos pediram também que se aplique essa denominação para os cristãos mortos pelo grupo extremista no Iraque e na Síria e possivelmente para outras minorias religiosas. Não incluir os cristãos "seria um ato de negação tão grave como a falta de reconhecimento por parte dos Estados Unidos do genocídio em Ruanda" em 1994, afirmou na audiência o congressista republicano Chris Smith.
John Kerry replicou que a decisão de recorrer à definição legal de genocídio "requer muita verificação de dados" e que há poucas semanas pediu ao gabinete jurídico do Departamento de Estado que avalie se o termo se pode aplicar à morte dos cristãos.