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Com câncer terminal, mãe de refém do Hamas pede para ver filha "em casa"

A jovem estava no festival Supernova, na Faixa de Gaza, quando foi raptada por membros do Hamas, no dia 7 de outubro

Com câncer terminal, mãe de refém do Hamas pede para ver filha "em casa"
Notícias ao Minuto Brasil

05:30 - 16/01/24 por Notícias ao Minuto Brasil

Mundo Israel/Palestina

A mãe de Noa Argamani, uma refém israelense de 26 anos que continua sob a custódia do grupo islâmico Hamas, fez um apelo à libertação da filha. Liora Argamani, que tem um tumor no cérebro de grau IV, pediu para ter a oportunidade de ver a filha "em casa".

A jovem foi raptada por membros do Hamas no dia 7 de outubro, enquanto participava no festival Supernova, na Faixa de Gaza. Pouco se sabe sobre o seu paradeiro.

O Hamas anunciou, na segunda-feira, a morte de dois outros reféns, entre eles o luso-israelita Yossi Sharabi, de 53 anos. Não se sabe, contudo, quando é que o vídeo foi filmado.

Liora Argamani tem feito o que pode para assegurar a libertação da filha, tendo até pedido ajuda ao presidente norte-americano, Joe Biden.

"Sou doente terminal, com câncer no cérebro de grau IV. Tudo o que me passa pela cabeça antes de deixar minha família para sempre é a possibilidade de abraçar minha filha, minha única filha, uma última vez", disse a mulher, em um comunicado divulgado na CNN.

A mãe da refém pediu ao presidente Biden que "como presente de Natal", ajude a libertar a filha antes de morrer.

A mãe da refém disse ainda que a filha é uma jovem feliz e cheia de vida, que adora dançar, música e estar com os amigos e familiares.

“Ela merece voltar para casa, para perseguir seus sonhos, cercada de amor e cuidado. Merece ver a mãe viva pela última vez”, disse a mulher.

Em novembro, Liora Argamani gravou um outro apelo, tanto ao presidente norte-americano quanto à filha. No vídeo, ela garantiu que a família fez tudo o que podia para libertá-la.

“Noa, quero te dizer: se não conseguir te ver, por favor saiba que te amo muito. Por favor, saiba que fizemos tudo o que podíamos para te libertar”, disse a mulher, em um vídeo publicado na página do Facebook do Ministério das Relações Exteriores de Israel.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também tentou garantir a libertação da jovem, tendo solicitado a intervenção do presidente chinês Xi Jinping, uma vez que Noa Argamani tem cidadania chinesa, noticiou o The Jerusalem Post.

Para marcar os 100 dias de guerra, as famílias dos mais de 100 reféns em posse do Hamas convocaram uma manifestação massiva no domingo, em Tel Aviv, durante 24 horas, para exigir que o governo daquele Estado faça todos os possíveis para trazê-los de volta para casa.

Dos cerca de 250 reféns raptados em 7 de outubro, cerca de uma centena foi libertada em troca de prisioneiros palestinos durante uma trégua nos combates, no final de novembro. No entanto, mais de 130 continuam na Faixa de Gaza (território controlado pelo Hamas desde 2007), segundo as autoridades israelitas, que apuraram que 25 morreram sem que os seus corpos tenham sido devolvidos.

Depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelense, sob o nome 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou 'Espadas de Ferro'.

O primeiro-ministro israelense declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), tendo acordado com a oposição a criação de um governo de emergência nacional e de um gabinete de guerra.

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