Inabilidade política gera debate antes de voto sobre Dilma
O ex-presidente e senador Fernando Collor, que sofreu impeachment em 1992, se opôs a proposta de defesa de Dilma de "separar" as sanções
© Marcos Oliveira/Agência Senado
Política Impeachment
A bancada do PT no Senado ameaça não assinar a sentença de julgamento de impeachment da presidente Dilma Rousseff caso ela seja inabilitada de assumir quaisquer cargos públicos nos próximos oito anos.
O ex-presidente e senador Fernando Collor, que sofreu impeachment em 1992, se opôs a proposta de defesa de Dilma de "separar" as sanções. Collor relembrou de seu próprio julgamento e destacou que a Constituição prevê que o impeachment tenha como consequência a perda de mandato e inabilitação política.
O ex-mandatário ainda argumentou que, em 1992, ele também não queria perder seus direitos políticos, mas que respeitou a legislação.
Collor destacou que a lei é a mesma e alertou para o perigo de serem aplicados "dois pesos e duas medidas".
"Naquele momento eu tentava não ter meus direitos políticos suspensos e minha inabilitação, mediante um instrumento absolutamente legal, a carta da renúncia", apontou, acrescentando que "agora se quer dar uma interpretação fatiada à Constituição". (ANSA)
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