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Youssef disse que Argôlo estava no esquema da Petrobras

Youssef disse em juízo que Argôlo participava do esquema de propina da Petrobras

Youssef disse que Argôlo estava no esquema da Petrobras
Notícias ao Minuto Brasil

18:52 - 12/02/15 por Agência Brasil

Política Doleiro

O doleiro Alberto Youssef disse, em novembro de 2014, que o então deputado federal Luiz Argôlo (SD-BA), participava do esquema de propina da Petrobras. De acordo com o depoimento do doleiro, “Argôlo fazia parte do rol de parlamentares do PP que recebia repasses mensais a partir dos contratos da Diretoria de Abastecimento da Petrobras”. Paulo Roberto Costa, então à frente da diretoria, era uma das peças que administrava o repasse de dinheiro para empresas e agentes políticos no esquema de corrupção da estatal.

A delação de Youssef, especificamente a respeito do ex-deputado baiano, foi divulgada agora porque o juiz federal Sérgio Moro decidiu retirar o sigilo dos depoimentos dados em acordo de delação premiada, que envolvem pessoas sem foro privilegiado, e Luiz Argôlo não conseguiu se reeleger no ano passado. Atualmente, ele é primeiro suplente do partido Solidariedade na Câmara dos Deputados. Procurado pela reportagem, o ex-deputado não atendeu às ligações nem respondeu ao contato feito por e-mail.

Permanecem sob sigilo as partes dos depoimentos que envolvem autoridades protegidas por foro privilegiado. Pela Constituição Federal, deputados federais, senadores e ministros de Estado devem ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF); governadores, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ); e prefeitos, pelos tribunais de Justiça.

A declaração de Youssef se deu quando ele relatava negociação que teve com o deputado, que na época estava no PP, partido que deixou em 2013. O doleiro conta que Argôlo comprou um helicóptero, mas não conseguiu arcar com as prestações. Ele, então teria pedido um empréstimo a Youssef, que se recusou a fazê-lo. O doleiro, no entanto, sugeriu arcar com as prestações, ficando com o helicóptero para ele, e emprestaria o aparelho a Argôlo até a campanha eleitoral. Youssef disse ter pago R$ 700 mil pela aeronave, por meio da empresa GFD, que registrou-a em seu nome.

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