Google promete apertar o cerco a conteúdos extremistas no Youtube
Empresa reconhece seu papel na luta contra o terrorismo, o que chama de 'verdade desconfortável'
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Tech antiterror
O Google informou neste domingo (19) que vai adotar medidas mais eficazes para identificar e remover conteúdos terroristas ou de violência extrema da sua plataforma de vídeos, o YouTube.
Vídeos com conteúdo religioso supremacista ou inflamatório receberão alertas e não serão monetizados ou recomendados aos usuários, mesmo se não violarem claramente as políticas da empresa, de acordo com a Reuters.
O Google também prometeu investir mais recursos em engenharia, aumentar o uso de tecnologia para identificar os vídeos e treinar classificadores que identificarão os conteúdos extremistas e os removerão.
"Embora nós e outros tenhamos trabalhado por anos para identificar e remover conteúdo que viola nossas políticas, a verdade desconfortável é que nós, como indústria, devemos reconhecer que mais precisa ser feito. Agora", admitiu Kent Walker, conselheiro-geral do Google.
A empresa informou ainda que deve expandir a colaboração com grupos antiextremistas para identificar conteúdo que possa ser usado para radicalizar e recrutar extremistas. Potenciais recrutas do Estado Islâmico serão abordados por publicidades antiterroristas.
Países europeus, especialmente Alemanha, França e Grã-Bretanha, que são alvos frequentes de ataques terroristas, vinham pressionando as empresas de tecnologia como o Google, o Facebook e o Twitter para remoção de conteúdos militantes e discurso de ódio.
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