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Clínica para dependentes químicos é fechada por suspeita de tortura

Pacientes denunciaram espancamento e má alimentação ao Ministério Público

Clínica para dependentes químicos é fechada
por suspeita de tortura
Notícias ao Minuto Brasil

17:42 - 20/12/16 por Notícias Ao Minuto

Brasil Ribeirão Preto

Uma clínica de tratamento para dependentes químicos foi lacrada pelo Ministério Público (MP), em Ribeirão Preto (SP), depois que a irmã de um dos internos denunciou que os pacientes eram torturados e a alimentação oferecida era precária, bem diferente do que consta no contrato assinado pelas famílias. 

Durante a inspeção do MP, os pacientes confirmaram os maus-tratos. A Polícia Civil investiga as denúncias.

“Eles comiam restos de comida, praticamente alimentação sem nenhuma proteína. O que foi passado para a gente eram seis refeições por dia. Eles nunca entraram na piscina, ficavam simplesmente fechados, praticamente 15 horas por dia”, disse a advogada Maria Helena, irmã de um dos pacientes e responsável pela denúncia ao MP.

O advogado da clínica, Edson Nunes da Costa, disse que a interdição foi arbitrária, uma vez que as acusações não foram constatadas e provadas. Ainda segundo a defesa, o local possui toda a documentação necessária para funcionamento.

O promotor Aroldo Costa Filho explicou que a interdição da clínica foi possível após a Justiça expedir um mandado de busca e apreensão. O local abrigava 46 internos, que foram removidos para outras instituições ou retornaram às casas das famílias.

Segundo informações do G1, esta não é a primeira vez que a clínica é interditada. Em setembro de 2012, um dos proprietários chegou a ser preso por suspeita de cárcere privado, depois que cinco internos, entre eles um adolescente, foram encontrados trancados em um quarto.

Um pacientes, de 42 anos, que prefere não ser identificado, disse ter sido agredido com uma faca e também com pedaços de pau. “Tem gente que foi agredida com cabo de vassoura. Eles batem, fazem a gente arrancar matinho, deixa pelado, amarrado. Eles batem e não pode falar que está batendo. Judiam muito, eles batem na cara dos outros com facão”, afirmou.

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