'Marcha pela dignidade' no emprego leva milhares às ruas de Madri
Manifestantes denunciam 'condições de trabalho miseráveis' e 'salários ínfimos', entre outras causas
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Economia Espanha
Milhares de pessoas participaram da "marcha pela dignidade" no emprego neste sábado (27), em Madri, na Espanha. Os manifestantes denunciam "condições de trabalho miseráveis" e "salários ínfimos", além de se pronunciarem contra o atual governo. Um cartaz trazido à frente da marcha pediu: "pão, trabalho, teto e igualdade".
A principal reclamação dos manifestantes, de acordo com a AFP, é a reforma do Código de Trabalho em vigor desde 2012, no governo de Mariano Rajoy. A medida reduziu as indenizações por demissão e autorizou as demissões coletivas sem razão econômica, entre outras coisas.
A Espanha deixou uma crise econômica em 2014, quando saiu de uma taxa de desemprego de cerca de 27%. Agora, o índice está em 18,7%.
Para Silvia Salamanca, uma das organizadoras do evento, "não podemos nos deixar enganar pela chamada recuperação econômica e pela chamada regeneração do emprego". O trabalho "que está sendo criado é um emprego precário com condições trabalhistas míseras e salários ínfimos", completou.
O salário mínimo no país é de 825 euros mensais, após um aumento do 8% no começo deste ano.
A primeira "Marcha pela dignidade" foi celebrada na capital espanhola em 22 de março de 2014.
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