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Brasil pedirá esforço de países avançados para aumentar crescimento global

O Brasil pedirá que os países avançados se esforcem para aumentar o crescimento econômico global, disse hoje (7) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O tema será discutido na reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington, no próximo fim de semana.

Brasil pedirá esforço de países avançados para aumentar crescimento global
Notícias ao Minuto Brasil

17:03 - 07/10/14 por Agência Brasil

Economia Mantega

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Cozendey, representarão o país no encontro, que ocorrerá de quinta-feira (9) a domingo (12). Mantega não viajará para os Estados Unidos.

De acordo com Mantega, os países haviam se comprometido a discutir medidas para estimular a economia mundial na última reunião do FMI, em abril. “Agora, cada país vai dizer ao fundo como pretende contribuir para elevar o crescimento do PIB [Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no país]. A agenda foi colocada porque falta crescimento na economia mundial”, explicou.

Mantega disse esperar que os países desenvolvidos tomem medidas mais eficientes para reativar a produção e o consumo, principalmente das economias europeias. “A Europa tem duas saídas. Ou faz o mesmo que os Estados Unidos, que adotaram uma política monetária forte [injetando dólares para estimular a economia], ou adotam medidas fiscais [aumentando os gastos públicos]. O continente representa um terço da economia mundial, e não dá para ficar sem uma perna”, afirmou o ministro.

Segundo o ministro, a estagnação da Europa tem impacto sobre todo o planeta, sendo parcialmente responsável pela desaceleração da China e das demais economias asiáticas, que exportam bastante para a União Europeia. Mantega ressaltou que, das economias avançadas, estão crescendo apenas os Estados Unidos, com atraso no mercado consumidor, e o Reino Unido, com sinais contraditórios.

“Até a Alemanha, que é competitiva e grande exportadora, está em dificuldades. A produção industrial e a confiança do empresário estão caindo no país [maior economia da Europa]. As curvas da produção industrial da Alemanha são semelhantes às do Brasil. É um fenômeno mundial [o recuo da indústria]”, destacou.

Na avaliação do ministro, o Brasil tornou-se exemplo para o mundo ao aumentar os gastos públicos para manter o emprego e o consumo após o início da crise econômica mundial. Para ele, a redução do superávit primário – economia de recursos para pagar os juros da dívida pública – impediu o agravamento da crise no país.

“Antes de a crise começar, fui o primeiro a subir superávit. Em 2008, fizemos superávit de 3,5% do PIB mais 0,5% do Fundo Soberano. Quando a economia está em condições favoráveis, podemos fazer superávit primário maior. Quanto tem crise, gastamos mais para que a economia não seja derrubada”, defendeu Mantega. De acordo com o Banco Central, nos últimos 12 meses, o superávit primário soma apenas 0,94% do PIB.

A política fiscal, alegou o ministro, fez o Brasil ser um dos países do G20, grupo das 20 maiores economias do planeta, com maior expansão do PIB entre 2011 e 2014, apesar dos baixos índices de crescimento no período. “A política anticíclica diminui o superávit primário, mas mantém o crescimento”, justificou.

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