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Empresário vira réu por matar namorada em GO, após vítima gravar o crime

Diego Fonseca vai responder por homicídio triplamente qualificado

Empresário vira réu por matar namorada em GO, após vítima gravar o crime
Notícias ao Minuto Brasil

06:22 - 07/12/23 por Folhapress

Justiça Goiás

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O TJGO (Tribunal de Justiça de Goiás) aceitou denúncia apresentada pelo MPGO (Ministério Público do Estado) e tornou réu o empresário Diego Fonseca pelo assassinato da namorada, Ielly Gabriele Alves.

Diego Fonseca vai responder por homicídio triplamente qualificado. Segundo o MPGO, o motivo do crime foi torpe e cometido mediante emboscada ou com recurso que dificultou a defesa da vítima, além do agravante de feminicídio.

O crime, ocorrido em 4 de novembro deste ano, foi filmado pelo própria vítima. Ela foi alvejada com um tiro disparado pelo namorado em Jataí, no sudoeste de Goiás.

Em nota, a defesa do empresário alegou que ele não tinha a intenção de atirar na vítima e que na ocasião os dois "brincavam" com a arma de fogo, mas "o que era para ser uma brincadeira, acabou como uma grande tragédia" (veja a íntegra no final da matéria).

CRIME FOI PLANEJADO, DIZ POLÍCIA

A Polícia Civil de Goiás afirma que Diego Fonseca planejou a morte de Ielly Gabriele Alves. Segundo o delegado Thiago Saad, a motivação para o crime seria o fim do relacionamento entre os dois.

De acordo com Saad, o namoro de Diego e Ielly era marcado por idas e vindas. Entretanto, em depoimento o empresário teria dito que os dois haviam colocado um ponto final na relação 10 dias antes do crime e, segundo a família da vítima, o término havia sido "definitivo".

Vídeos e fotos registrados há alguns meses mostram marcas de agressões que teriam sido causadas por Diego Fonseca a Ielly. As imagens foram divulgadas pela Polícia Civil de Goiás.

No dia do crime, o empresário foi até a casa da vítima, mas ela não estava. Ele a esperou e, quando a jovem chegou, os dois almoçaram juntos na companhia de uma tia dela. Durante o almoço, Ielly questionou Fonseca sobre uma arma de fogo que ele teria comprado, momento em que o suspeito a teria agredido.

Após o almoço, Diego convenceu Ielly a acompanhá-lo até um rancho do tio dele, onde os dois passaram a tarde. Na volta, a jovem dirigia o veículo, e eles pararam em uma estrada de terra porque o empresário disse que queria urinar. Foi nesse momento em que ela foi assassinada.

Ainda segundo o delegado, Diego Fonseca confessou ter atirado na namorada, mas disse que achava que a arma não estivesse carregada. A arma usada no crime não foi encontrada. Dentro do carro, os investigadores acharam apenas o carregador.

VEJA A ÍNTEGRA DA NOTA DA DEFESA

"Em nenhum momento Diego teve a intenção de atirar contra Ielly, muito menos de ceifar sua vida. O vídeo que se tornou público e circula nas redes sociais é revelador, pois mostra o exato momento em que tudo aconteceu. Pode-se perceber, pelo vídeo, que Ielly e Diego estavam em um momento de descontração. Eles haviam passado o dia juntos na fazenda de familiares, onde inclusive os dois efetuaram disparos com a arma que Diego portava, praticando tiro ao alvo. Na volta pra casa, Diego parou à beira da estrada para urinar, momento em que Ielly começou a gravar o vídeo. A arma já estava sem o carregador e Diego pensou que já não havia nenhuma bala na pistola. E naquele instante em que era filmado, decidiu fazer uma brincadeira, apontando a arma para Ielly e puxando o gatilho, simulando um disparo. Porém, ainda havia uma munição na agulha, e o que era para ser uma brincadeira, acabou como uma grande tragédia."

EM CASO DE VIOLÊNCIA, DENUNCIE

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 -Central de Atendimento à Mulher- e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

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