Alimentos como o aipo, a toranja (grapefruit) ou alface, são tão saudáveis, nutritivos e têm tão poucas calorias que há quem diga que têm ‘calorias negativas’ pois quem os consome queima mais calorias a digeri-los do que as calorias que os alimentos realmente contêm.

Mas, segundo a nutricionista Ann Marion Willis, há uma armadilha neste pensamento: os alimentos que tipicamente são considerados contendo ‘calorias negativas’ são os que têm poucas calorias, muita água e são um boa fonte de fibra. E segundo o que a especialista explicou ao site Apartment Therapy, isto pode se traduzir numa baixa ingestão de calorias e consequente perda de peso, mas não da forma como se pensa.

Quando estes alimentos de ‘calorias negativas’ substituem os alimentos densos e de alto teor calórico, a sua ingestão total de energia "afunda", diz Willis. "Esta mudança nos padrões alimentares é o que leva a alterações de peso, e não a digestão individual de cada alimento por si só", destacou a especialista.

"Preocupar-se sobre se o seu aipo queima cinco calorias a mais não importa se vai comê-lo com manteiga de amendoim, que é mais densa em energia", comenta a especialista.

Willis destaca que em vez de procurar as ‘calorias negativas’, o ideal é pôr em prática os seguintes conselhos: “Comer mais vegetais, frutas, grãos integrais e proteínas magras, cozinhar mais em casa, mexer-se mais e beber mais água", finaliza.