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Tudo o que você precisa saber sobre a pior dor já registrada

Esta dor é tão intensa que já levou pessoas ao suicídio

Tudo o que você precisa saber sobre a pior dor já registrada
Notícias ao Minuto Brasil

09:02 - 24/01/17 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle SENTIR DOR

Sentir dor é desagradável, não importa sua intensidade. Há quem diga que a dor mais insuportável é a do parto. Outros dizem se tratar da dor da cólica renal. Mas, o que ninguém imaginaria é que existe uma dor ainda pior que estas. Trata-se da dor da neuralgia do trigêmeo, tão intensa que já levou pessoas ao suicídio.

Como o diagnóstico da doença nem sempre é fácil, o neurocirurgião especialista em dor pela UNIFESP, Dr. Claudio Corrêa, reuniu alguns tópicos sobre seus sintomas, causas e tratamentos.

1- O nervo trigêmeo é o quinto nervo craniano. Sua origem é na base do encéfalo, numa estrutura denominada ponte, que é parte do tronco cerebral. Após conexão com o gânglio trigeminal (Gânglio de Gasser), distribui-se em três ramos: oftálmico, maxilar e mandibular, inervando sensitivamente a face em toda sua porção externa e na sua porção interna (gengivas, dentes, mucosa oral, terço anterior da língua, córnea). Portanto, tem a função básica de permitir ao paciente a percepção de estímulos sensitivos nessas áreas. Também apresenta um ramo motor com inervação do masseter, músculo importante no mecanismo da mastigação.

2- A neuralgia do trigêmeo, que habitualmente atinge apenas um lado da face, caracteriza-se por uma dor súbita, sensação de choque elétrico ou um espasmo muscular na face, na distribuição dos ramos para a mandíbula, o maxilar e a região acima dos olhos, várias vezes ao dia ou por dias alternados.

3- A doença atinge de 3 a 5 pessoas em cada 100 mil por ano, com maior prevalência no sexo feminino e com idade superior a 50 anos.

4- Em 95% dos casos, a neuralgia do trigêmeo é considerada idiopática, ou seja, sem causa orgânica definida. Nos outros 5% são desencadeadas por tumores (Schwanomas), meningeomas, metástases encefálicas, aneurisma, malformação arteriovenosa e esclerose múltipla. Recentemente, surgiram algumas hipóteses diagnósticas relacionadas a tratamentos dentários que possam causar sensibilização central dos nervos.

5- A neuralgia do trigêmeo não tem como ser prevenida, já que se trata de um processo degenerativo do nervo trigêmeo.

6- Devido a alguns de seus sintomas semelhantes inicialmente com problemas de ATM e dentários, a doença pode ter seu diagnóstico dificultado, tanto que diversas pessoas chegam a extrair dentes ou usar aparelhos para bruxismo por anos, sem sucesso.

7- O diagnóstico é feito com base na somatória dos sintomas, intensidade e frequência em um ou mais segmentos inervados pelo trigêmeo.

8- O profissional mais apto para diagnosticar e tratar a neuralgia do trigêmeo é o neurologista e/ou neurocirurgião funcional.

9- O tratamento da neuralgia do trigêmeo é realizado, inicialmente, com medicamentos e quando eles deixam de responder, podem ser indicados procedimentos operatórios.

10 - São cinco os procedimentos operatórios comumente indicados para o tratamento da neuralgia do trigêmeo: descompressão neurovascular, radiocirurgia estereotáxica, neurotomia trigeminal por radiofrequência, com o glicerol e compressão com o cateter Fogarty (técnica do balão da Gasser).

11- Das técnicas cirúrgicas em aplicação, a considerada mais eficaz, segura e simples é a cirurgia de compressão do gânglio de Gasser. O procedimento é minimamente invasivo, sendo realizado através da introdução de um fino cateter, em cuja extremidade existe um balão, que quando inflado ao nível do gânglio trigeminal, faz a dor cessar imediatamente em 98% dos casos. O procedimento tem duração média de 10 minutos, com o paciente podendo conferir os resultados imediatamente após a cirurgia. A técnica pode ser realizada ambulatoriamente, com o paciente recebendo alta em média duas horas após o ato operatório.

12- Embora a cirurgia tenha resultado definitivo, pode ocorrer recidiva (volta) do problema em cerca de 30% dos casos, que podem ser operados novamente.

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