Onde fica o ponto mais profundo da Terra? Um famoso já esteve lá! -

Quando pensamos no oceano, tendemos a imaginar um fundo plano e arenoso, mas na verdade esse ambiente é tão variado como o nosso mundo acima da água. Inclusive, um dos 'vales' subaquáticos mais intrigantes é a Fossa das Marianas, um lugar de mistério e maravilha envolto nas profundezas do Oceano Pacífico.

É famosa por ser a fossa oceânica mais profunda, bem como o lar do Challenger Deep - o ponto mais profundo conhecido na Terra. E o mais surpreendente é que ainda dá para visitar, apesar do privilégio de poucos para embarcar nessa aventura.

De profundezas alucinantes a criaturas surpreendentes, clique para ver alguns fatos fascinantes sobre essa força da natureza ao fundo do mar.

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É a fossa mais profunda da Terra -

A Fossa das Marianas é a fossa mais profunda da Terra. Coberta pela água do oceano, é uma feição geográfica conhecida como fossa oceânica.

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Onde fica? -

A fossa está localizada a 200 km das Ilhas Marianas, no Oceano Pacífico.

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Um nome de realeza -

As ilhas receberam o nome da Rainha Mariana da Áustria, que era casada com o Rei Filipe IV da Espanha. A fossa acabou por 'ganhar' o nome das ilhas próximas.

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Onde fica o fundo -

A área onde a fossa é considerada mais profunda é denominada Challenger Deep, embora sua localização exata seja difícil de definir.

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É surpreendentemente profundo -

A profundidade registrada da fossa até agora é de 10.984 metros. Isso é quase 11 quilômetros.

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É mais profundo do que o Monte Evereste é alto -

Para se ter uma ideia, o Monte Evereste fica a 8.848 metros acima do nível do mar, o que significa que a parte mais profunda da Fossa das Marianas é 2.147 metros mais funda do que a altura do Evereste.

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A fossa é mesmo enorme! -

A fossa tem aproximadamente 2.550 quilômetros de extensão com 69 quilômetros de largura.

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Tem esse formato aí -

A fossa está localizada perto de duas placas tectônicas, com a placa maior do Pacífico situada sob a Fossa das Marianas.

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Temperatura -

A temperatura varia de 1 a 3°C no fundo. No entanto, ao longo da fossa, as temperaturas podem mudar drasticamente. Existem saídas de vapor em toda a fossa e com isso pode atingir 300°C devido à energia hidrotérmica.

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As placas formam outras características geográficas -

O movimento das duas placas foi fundamental na criação das Ilhas Marianas vulcânicas. Os estudos destas placas revelaram alguns dos materiais crustais mais antigos do planeta, com até 170 milhões de anos.

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Foi descoberta em 1875 -

A Fossa das Marianas foi descoberta pela primeira vez em 1875 durante a expedição Challenger em homenagem ao navio HMS Challenger. Os exploradores usaram uma corda pesada para medir a profundidade da fossa e foi registrada em 8.183 metros.

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Uma medição mais precisa -

Uma medição mais precisa foi feita pelo Challenger II em 1951. Um ecobatímetro foi usado e registrou uma profundidade de 10.899 metros no Challenger Deep. A foto é um exemplo de ecobatímetro daquela época.

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A tecnologia nos ajuda a escanear suas profundezas -

À medida que a tecnologia melhorou, imagens mais nítidas e leituras mais precisas foram possíveis. Tanto o sonar como os ecobatímetros multifeixe, juntamente com câmeras operadas remotamente, forneceram detalhes crescentes da fossa.

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Os primeiros humanos a explorar a Fossa das Marianas -

Em 1960, Jacques Piccard e Don Walsh desceram ao ponto mais profundo da fossa em um batiscafo chamado Trieste. Um batiscafo é um veículo subaquático autopropelido que pode atingir profundidades maiores que um submarino.

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A Marinha dos EUA ajudou a explorar a Fossa das Marianas -

A exploração de 1960 foi patrocinada pela Marinha dos EUA. Eles tiveram sucesso no mapeamento de todo o local.

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Profundidades recordes na Fossa das Marianas foram alcançadas em 2019 -

Em 2019, o explorador e investidor do Texas Victor Vescovo pilotou o DSV Limiting Factor a uma profundidade de 10.928 metros, criando um novo recorde mundial de 16 metros. Nesse mesmo ano, ele mergulhou pela segunda vez, tornando-se a primeira pessoa a mergulhar duas vezes no Challenger Deep.

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É possível explorar a Fossa das Marianas sem mergulhadores -

Em 2020, um navio de exploração russo chamado Vityaz passou três horas na fossa, tornando-se assim a primeira embarcação a explorá-la de forma autônoma.

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O diretor de 'Titanic', James Cameron, é uma das poucas pessoas que foram lá! -

Diretor de 'Titanic' (1997) e da franquia 'Avatar', James Cameron pilotou um submersível, que ele ajudou pessoalmente a projetar, e esteve a cerca de 10.908 metros, estabelecendo um recorde mundial em 2012.

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É o lar de uma vida aquática única e de vulcões de lama -

Apesar da falta de luz e do ambiente hostil, numerosos organismos vivem dentro da Fossa das Marianas. Na verdade, existem mais de 200 microrganismos e outras criaturas vivas ativas dentro da fossa.

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É uma zona hadal -

Nomeado em homenagem a Hades, o deus grego do submundo, o termo 'zona hadal' refere-se às regiões mais profundas do oceano que são encontradas em fossas oceânicas.

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É um hotspot para pesquisa científica -

A fossa funciona como um hotspot internacional para pesquisas científicas, atraindo estudos multidisciplinares que visam desvendar seus segredos geológicos, biológicos e oceanográficos.

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Inspirou inovação -

A exploração da Fossa das Marianas alimenta a inovação em ciência, engenharia e tecnologia. Na foto estão Richard Branson e o explorador Chris Welsh com um submarino pilotado sozinho que foi colocado em espera para visitar a fossa

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A poluição está afetando seriamente a fossa -

Infelizmente, as profundezas do oceano podem funcionar como 'depósitos' para poluentes descartados e resíduos plásticos. Isto tornou-se uma séria preocupação na Fossa das Marianas.

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PCBs são problema na Fossa das Marianas -

Os pesquisadores encontraram níveis preocupantes de toxinas conhecidas como bifenilos policlorados (PCBs) nos sistemas de crustáceos necrófagos. Banidas em 1970 pelo risco ambiental que causam, altas taxas dessa toxina foram encontradas em várias profundidades nos sedimentos da fossa.

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Tem sido um local de despejo nuclear -

De 1946 a 1993, vários países usaram o descarte oceânico ou o despejo oceânico como método de descarte de resíduos nucleares e radioativos. A Fossa das Marianas foi um desses locais.

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Existe uma preocupação real com o futuro da fossa -

Os ambientalistas continuam a pressionar para aumentar a conscientização e o interesse na proteção do meio ambiente contra ameaças provocadas pelo homem. A qualidade da água e a vida selvagem da Fossa das Marianas estão sob constante vigilância do governo local.

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É designado como monumento nacional dos EUA -

O Monumento Nacional Marinho da Fossa das Marianas foi estabelecido em 2009. Isso ocorre em grande parte para proteger os organismos raros que prosperam em suas profundezas.

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É uma janela para a história da Terra -

Estudar a Fossa das Marianas oferece uma oportunidade única de explorar as profundezas da história da Terra, graças às camadas sedimentares e às formações geológicas.

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A Fossa das Marianas inspirou a ficção -

O mistério e o fascínio da fossa inspiraram livros, a exemplo de 'Meg: A Novel of Deep Terror' (1997), do autor best-seller do New York Times, Steve Alten.

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E também filme! -

Em 2018, uma adaptação cinematográfica do livro de Alten intitulada 'Megatubarão' foi lançada. O filme é estrelado por Jason Statham, que vive mergulhador especializado em águas profundas com a missão de impedir que um gigantesco tubarão pré-histórico ataque a costa chinesa.

Fontes: (CNN) (National Geographic) (Live Science) 

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