Turista norte-americana é vítima de estupro coletivo na Papua Nova Guiné
A pista de Kokoda é um dos marcos da Segunda Guerra Mundial no Pacífico Sul
© DR
Mundo Trilha
Uma turista norte-americana que realizava uma das mais conhecidas trilhas na floresta da Papua Nova Guiné, no Pacífico Sul, com o seu namorado, foi vítima de um estupro coletivo e mutilações, revelou a imprensa.
Os dois turistas, de 31 anos, encontravam-se no momento do ataque na pista Kokoda, uma trilha estreita no sudeste da Papua e que atravessa zonas muito acidentadas.
A pista de Kokoda é um dos marcos da Segunda Guerra Mundial no Pacífico Sul, local onde as forças australianas impediram um avanço de tropas japonesas a Port Moresby, em 1942.
O casal andava na segunda-feira (11) em direção ao campo de Templeton Two quando foi atacado por várias pessoas, que roubaram as suas bolsas, sapatos, telefones e 15.000 kinas (cerca de R$ 20 mil) em dinheiro, disse ao jornal The National Sylvester Kalaut, um responsável da polícia da Papua.
"O homem foi amarrado a uma árvore e a mulher repetidamente abusada sexualmente, antes de três dos seus dedos terem sido cortados", disse o mesmo responsável, acrescentando que os turistas foram libertados cerca de uma hora depois do início do incidente.
A polícia avançou que este ataque foi realizado por dois homens armados com facas, tendo um dos agressores sido detido posteriormente pelos aldeões, de acordo com o jornal The National.
As duas vítimas conseguiram chegar à cidade, tendo sido depois levadas para Port Moresby, onde receberam cuidados médicos.
A agressão foi confirmada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros australiano, que indicou que os dois turistas estavam fazendo a caminhada sem guias licenciados.
A violência contra as mulheres é generalizada na Papua Nova Guiné, onde 80% dos homens entrevistados admitiu ter abusado da sua parceira, num estudo publicado em 2013 pela Organização das Nações Unidas (ONU).