A tecnologia chegou para facilitar a vida dos usuários, mas acabou facilitando o planejamento de crimes e dificultando a vida dos policiais. É o caso da Polícia de São Paulo, que não tem conseguido usar uma de suas maiores armas na luta contra o crime: o grampo telefônico, revela a Folha de S. Paulo.

Delegados entrevistados afirmam que agora, os bandidos se comunicam quase que exclusivamente via aplicativos como WhatsApp e Telegram, que são criptografados e os investigadores não tem acesso. Apesar do problema, os agentes não fazem tanto alarde para não alertar os outros criminosos que ainda usam o sistema convencional de ligação, como diz o diretor do Deic (especializado em roubos), Emygdio Machado Neto: "Eles [os criminosos] não estão comunicando mais da forma que a gente... né?", disse.

As empresas alegam à polícia que não tem acesso ao conteúdo das mensagens passadas pelos usuários e que por esta razão não podem repassar as informações aos investigadores. Ainda segundo o jornal, esta é a mesma justificativa dada pelas empresas à Justiça.