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Fazenda diz que não há espaço para aumento do Bolsa Família

O secretário do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, explica que o orçamento prevê R$ 1 bilhão para reajuste dos benefícios, mas que, no momento, não há espaço fiscal para isso

Fazenda diz que não há espaço para aumento do Bolsa Família
Notícias ao Minuto Brasil

16:17 - 28/04/16 por Folhapress

Economia Benefício

Sem a revisão da meta fiscal para 2016, não há espaço para a ampliação dos benefícios pagos pelo programa Bolsa Família, segundo o Ministério da Fazenda.

O secretário do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, explica que o orçamento prevê R$ 1 bilhão para reajuste dos benefícios, mas que, no momento, não há espaço fiscal para isso. "Esse assunto [reajuste] poderá ficar para quando a nova meta [fiscal] for aprovada", diz Ladeira.

Conforme a Folha de S.Paulo publicou, a presidente Dilma Rousseff estuda reajustar o Bolsa Família antes de deixar o gabinete presidencial.

A medida foi discutida na segunda-feira (25), durante a reunião da petista com movimentos sociais de apoio ao governo, que cobraram o anúncio.

Para líderes dessas entidades, o aumento agradaria à base do PT e impediria que Michel Temer se valesse desse benefício para dirimir as dúvidas que cercam o futuro dos programas sociais em um eventual mandato.

O governo enfrenta uma das piores crises fiscais da história recente. Apenas nos três primeiros meses do ano, o rombo já alcança R$ 18 bilhões, mesmo com a receita extra de R$ 11 bilhões oriunda da venda de hidrelétricas no final de 2015.

A meta de superávit primário, a economia feita pelo governo para o pagamento da dívida, para o ano é de R$ 24 bilhões e o entendimento da Fazenda é que ela não será alcançada. Por isso, o ministro Nelson Barbosa negocia com o Congresso a redução da meta para o ano.

Caso não consiga até o dia 22, o governo vai precisar publicar um plano de contingenciamento de gastos para que tentar economizar os R$ 24 bilhões. No entanto, há um limite para o contingenciamento.

"É possível apresentar, como no final do ano passado, um montante contingenciável menor do que o necessário, desde que seja justificável a necessidade", afirma Ladeira.

ECONOMIA DOS ESTADOS

Outro ponto que preocupa a Fazenda é o quanto os Estados pagam de juros para o governo, que entra na conta do superávit. Sem o julgamento das liminares pelo STF, que manteve o pagamento das dívidas de alguns Estados sob o cálculo de juros simples, o governo deve perder receita em abril, prevê Ladeira.

"A LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] vigente considera que o governo deverá compensar caso os Estados não alcancem seu resultado fiscal. Assim, a postergação da decisão, traz risco para o não cumprimento da meta fiscal", afirma o secretário do Tesouro.

A meta de superávit dos Estados para o ano é de R$ 6 bilhões. "Como não estão pagando, há um impacto de R$ 2,5 bilhões em abril. Assim, o governo precisará compensar. A lei é bem clara nesse sentido", diz Ladeira. Com informações da Folhapress.

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