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TST promete corrigir falhas em sistema eletrônico da Justiça do Trabalho

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) contratou uma empresa especializada em infraestrutura de tecnologia da informação para indicar a causa das falhas no sistema do Processo Judicial Eletrônico (PJe) na Justiça Trabalhista do Rio de Janeiro que têm provocado atrasos nos processos.

TST promete corrigir falhas em sistema eletrônico da Justiça do Trabalho
Notícias ao Minuto Brasil

06:08 - 23/08/14 por Agência Brasil

Justiça Rio

A decisão foi comunicada hoje (23) pelo presidente do TST, ministro Barros Levenhagen, durante reunião, em Brasília, com o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coêlho, e o presidente da seccional da OAB do Rio de Janeiro, Felipe Santa Cruz.

De acordo com o TST, o ministro Barros Levenhagen disse que a segurança e estabilidade do sistema são preocupações frequentes do comitê gestor do PJe e pediu desculpas pelos transtornos que os problemas técnicos têm causados aos advogados e à sociedade. “É prioridade do comitê gestor ter um diagnóstico detalhado para dar uma solução definitiva para as instabilidades apontadas pelos usuários naquele estado", disse.

No encontro, os dirigentes da OAB se dispuseram a enviar ao presidente do TST um ofício com relato dos principais problemas verificados pelos advogados. Eles apontaram ainda na reunião que é importante seguir um cronograma prévio de implantação do PJe nas próximas varas da Justiça do Trabalho. No Rio de Janeiro, chegou a haver protesto dos advogados, que pediram o retorno das petições em papel.

“Ele reconheceu a angústia da situação e entende que o TST, que é o gestor nacional do sistema, em conjunto com o CNJ, deve impor uma agenda de cautela com o PJe, até que a estabilidade e a segurança do sistema possam ser retomadas. Ele não tem como garantir que o que está acontecendo no Rio de Janeiro não só não voltará a acontecer como não vai se alastrar pelo Brasil inteiro. Eles não têm hoje com clareza qual é o problema que está gerando essa paralisação virtual. A Justiça do Trabalho está offline boa parte dos dias aqui no Rio de Janeiro. Ele [o presidente do TST] encaminhou esta solução da auditoria externa e isso nos agrada”, disse o presidente da OAB do Rio à Agência Brasil.

Felipe Santa Cruz disse que, atualmente, as falhas no sistema provocam o desaparecimento de petições e de audiências e não permitem o trabalho confiável que a Justiça deve ter. “Somos aquele paciente que está na cama da UTI e nem sabem o que a gente tem. Estamos há semanas em um vai e vem. Melhora um pouco e depois volta para o coma. Este ano foi horrível. Ano passado também foi ruim. O tribunal, de certa forma, reconhece que se precipitou em informatizar o processo eletrônico em todas as varas da capital”, disse o advogado. Ele lembrou que há casos em que o trabalhador aguarda uma decisão somente para dar entrada no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ou no seguro-desemprego. “É a Justiça do mais pobre, do que precisa mais. É a Justiça do Trabalho”, alertou.

Segundo Santa Cruz, o presidente do TST não informou quando vai começar o trabalho de verificação do PJe no Rio. Ele acrescentou que a OAB continua aguardando a permitissão para que as audiências e petições possam ser feitas por meio de documentos em papel enquanto o sistema continuar em pane. “Nós não somos contra o sistema eletrônico, desde que ele funcione”, alegou. O presidente do Sindicato dos Advogados do Estado do Rio de Janeiro, Álvaro Quintão; e a vice-presidenta da Associação Carioca dos Advogados Trabalhistas (Acat), Ana Beatriz Bastos Seraphim, também participaram da reunião.

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