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Um homem e duas mulheres, o casal que virou exemplo de poliamor

Ele é heterossexual e tem duas parceiras bissexuais, são conhecidos por ser um "trisal" e vivem o "poliamor" há três anos

Um homem e duas mulheres, o casal que virou exemplo de poliamor
Notícias ao Minuto Brasil

20:10 - 16/10/15 por Notícias ao Minuto Brasil

Brasil Relacionamento

Quem vê um relacionamento à três na ficção pode até pensar que isso não acontece na vida real. Mas a verdade é que o iG descobriu a história de um casal formado por duas mulheres bissexuais e um homem heterossexual.

O relacionamento é de verdade. Klinger de Souza, mato-grossense, 31 anos, tem um relacionamento com duas mulheres, o que eles chamam de “trisal”. Essa experiência é chamada de "poliamor", quando um relacionamento envolve mais de duas pessoas e elas convivem harmoniosamente.

Em entrevista ao iG, Klinger, supervisor de operação de logística, contou que há nove anos tem um relacionamento com a auxiliar administrativa Paula Gracielly, 31 anos. Há três anos, o relacionamento dos dois se ornou um “trisal”. Isso aconteceu quando os dois conheceram a vendedora Angélica Tedesco, de 24 anos. Os três moram juntos na cidade de Jundiaí, em São Paulo.

"Na verdade foi a Paula que fez isso acontecer. Quando a gente tinha três meses de relacionamento, em uma conversa sobre cumplicidade, ela me disse sobre essa vontade que tinha de ficar com outras mulheres", disse Klinger. "Eu disse que ela poderia se descobrir, sem problemas. Se nossa vida sexual e afetiva não mudou em nada, não via problema algum em ela ter relações com mulheres para se descobrir", contou Klinger ao iG.

A reportagem recorda que a poligamia (união conjugal de uma pessoa com várias pessoas) é proibida no Brasil, por isso eles planejam efetivar a relação de outra maneira. "Não somos casados, visto que isso não é permitido no País, mas estamos pensando em fazer, em breve, uma declaração de união poliafetiva, que no Brasil já existe", explicou Klinger.

Em relação ao preconceito, o “trisal” contou ao iG que em locais públicos eles se comportam como se fossem um casal convencional. Os três chegam a andar de mãos dads, trocam alguns beijos, mas sem exageros. Klinger diz que as pessoas na rua nunca se manifestaram contra.

"Visivelmente na rua não vemos preconceito", disse. "Mas pode ser que evitem de nos chamar para eventos, ou churrasco, por causa da nossa condição", completou Klinger. Ele também contou à reportagem que já sofreu com ofensas pela internet. "Existe sim um preconceito em rede social. As pessoas não nos conhecem e nem sabem como é a nossa relação, mas mandam palavras fortes, xingando as duas, me xingando. Infelizmente isso ainda acontece. O que é diferente do padrão, as pessoas rejeitam", contou.

Na vida sexual, o homem da relação, Klinger, garante que está presente em 95% das relações sexuais do trisal e que nunca transa com apenas uma das suas companheiras.

"Quando estou viajando a trabalho, aí elas namoram entre elas. Não vejo problema nenhum. Como elas são bissexuais, elas também se relacionam sem mim. Os três se ajudam na relação, então é fácil dar conta", disse Klinger.

Klinger também esclareceu em reportagem ao iG que quem teve interesse em incluir outra mulher na relação foi Paula. Para ele, se a parceira tivesse ido atrás de um outro homem, ele aceitaria numa boa. "Acho que nunca chegaríamos nessa configuração. Ela é bissexual e já tinha um homem, que era eu, faltava uma mulher. Mas se fosse eu, ela e outro cara, sem problema. Só não teria relação com ele, porque sou heterossexual", garantiu.

Nas redes sociais, o “trisal” mantêm um perfil onde fala sobre o relacionamento à três. “Resolvemos criar a FanPage no facebook pra desmistificar como é viver a 3, para ajudar as pessoas que tem vontade de viver assim, ou que tem problemas em relacionamentos monogâmicos e/ou somente se simpatizam com a relação”, lê-se na página que já tem quase 12 mil seguidores.

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